Quinta-feira, 28 de março de 2024

“Queremos uma Câmara que não negocie cargos”, diz Andrey Azeredo

O candidato a vereador pelo PMDB, afirma que as novas estratégias que ele e o partido estão lançando mão têm funcionado de forma positiva

Postado em: 09-09-2016 às 06h00
Por: Redação
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O candidato a vereador pelo PMDB, afirma que as novas estratégias que ele e o partido estão lançando mão têm funcionado de forma positiva

Com fala firme e convicto do que está dizendo, Andrey Azeredo, candidato a vereador pelo PMDB, afirma que, apesar das novas limitações nas campanhas eleitorais municipais, as novas estratégias que ele e o partido estão lançando mão têm funcionado de forma positiva. Assim como outros candidatos, o peemedebista aponta o transporte público com um dos grandes problemas da cidade, e afirma que tanto ele, quanto Iris Rezende (PMDB), candidato a prefeito, de Goiânia, farão de tudo para que o transporte tenha a máxima qualidade. Em entrevista ao O Hoje, o candidato sublinha que Iris admite que um de seus maiores equívocos foi ter renunciado ao mandato de prefeito para Paulo Garcia (PT) assumir a prefeitura, em 2010. 

Qual sua impressão sobre as novas regras de campanha, que prevê menos tempo de propaganda e teto de gastos?
A alteração na Lei Eleitoral fez com que nossos candidatos tivessem que criar formas alternativas, inteligentes e modernas para atingir o eleitorado num menor espaço de tempo, fazendo com que o eleitor desperte para esse momento importante, exercendo a cidadania, avaliando todos os candidatos e fazendo uma escolha consciente. Essa conscientização foi facilitada pela permissão da pré-campanha, onde as redes sociais são fundamentais, além das reuniões com os seguimentos organizados. Agora, durante a campanha, as redes sociais continuam tendo um peso muito grande, pois é um mecanismo de alcance gigantesco, onde podemos divulgar informações instantaneamente, com um leque variado de seguimentos. 

E quanto aos eleitores que não utilizam as redes sociais?
Essa é uma parcela muito pequena da população. Todos têm acesso ao Facebook, Instagram, Twitter e YouTube. Em algum momento a informação chegará ao eleitor. E para aqueles que não possuem condições de acesso a essas redes, estamos fazendo caminhadas nos bairros, além de reuniões com dezenas de pessoas em casas e empresas, onde a população pode nos dar alguns minutos de atenção.

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Muitos candidatos estão falando em melhorias no transporte público. Como você, que já foi presidente da Secretaria Municipal de Trânsito, avalia essa questão?
A SMT, secretaria que já estive a frente, cuida do trânsito. O transporte coletivo é de responsabilidade da CMTC, que o coordena. Eu pude conviver e participar dessa realidade, estudar e aprofundar meus conhecimentos, e perceber que hoje, ou priorizamos efetivamente o transporte coletivo, ou em curto tempo ele irá parar. Não temos como ampliar o espaço para criação de novas vias para a quantidade de carros que existem na capital. Goiânia é a cidade com a maior frota proporcional do país. Então, não é possível que todos que têm um fluxo diário nos mesmos horários se locomovam com tranquilidade e segurança. Para dar qualidade ao transporte coletivo, primeiro é preciso cumprir rigorosamente o que está no contrato de concessão, e aquelas empresas que disserem que não conseguem suportar a demanda devem pedir rescisão contratual, para que possamos criar nova licitação pública e dar a empresas que tenham capacidade.

Cabe à prefeitura fazer essa pressão sobre a qualidade do transporte?
Claro, a prefeitura é a gestora das linhas que andam na cidade. Queremos fazer como acontece hoje na cidade de Fortaleza, em que metade da frota já possui ar condicionado, e até o final do ano eles pretendem que todos possuam tal benefício. E para fazer isso em Goiânia, primeiro as empresas de transporte precisam cumprir a parte delas, em segundo lugar temos que, de fato, dar ao transporte coletivo linhas de financiamento que de fato subsidiem as tarifas. Nós não podemos falar em aumentar o preço da tarifa agora. Nós temos é que dar mais condições para aumentar o investimento no transporte. Uma das nossas sugestões é ampliar a áreas azuis, e estudos que fizemos mostraram que podemos ter dez mil novas vagas. Com isso, facilitamos o comércio e a rotatividade de clientes, aumentando as vendas, além de mais comodidade aos proprietários de carros, possibilitando gerar milhões de reais aos cofres públicos que podem ser direcionados no transporte coletivo.

Existem alguns candidatos prometendo subsidiar o transporte para reduzir o preço da passagem. Essa estratégia é viável?
Eu não sei onde eles iriam tirar esse dinheiro. Eu vejo que mais importante do que fazer isso, é dar qualidade ao transporte coletivo. Temos que tratar o transporte público de forma séria, porque não afeta somente Goiânia, afeta também toda a região metropolitana. É claro que o trabalhador quer uma tarifa mais barata, mas ele quer acima de tudo gastar menos tempo dentro de um ônibus, ter segurança, e chegar em casa ou no trabalho com a pontualidade que deseja. 

Falando agora do candidato Iris Rezende, sabemos que ele está com idade avançada, com uma longa história política regional e nacional. Como você explica o bom desempenho dele entre as diferentes idades?
Em primeiro lugar, eu vejo que o Iris, embora seja visto com uma pessoa de idade avançada, se encontra num momento maravilhoso de sua vida, dono de uma saúde fenomenal, possui uma atividade física como poucos jovens, o que faz com que ele tenha uma capacidade de trabalho muito grande. Em segundo, esse desempenho se dá porque ele possui o que grande parte da classe política hoje não tem: credibilidade. A população de Goiânia sabe que tudo que o Iris fala ele faz com competência e qualidade, além de cumprir corretamente os prazos de suas ações. E credibilidade não se constrói da noite para o dia, é um trabalho diário de muito empenho e determinação que ele fez ao logo da sua vida política, e isso é refletido nos resultados da pesquisa. 

Qual a garantia que a população tem de que, caso eleito, Iris irá concluir o mandato?
Os cidadãos têm a palavra do próprio Iris Rezende. Todos nós podemos cometer equívocos, e Iris é um ser humano como nós. Ele já afirmou que um dos seus maiores equívocos foi ter deixado a prefeitura, em março de 2010. E ,infelizmente, a gestão atual não seguiu o ritmo da gestão dele, por isso hoje Goiânia sofre com uma série de problemas. Iris já afirmou que esse será o seu último mandato, e por isso quer fazer de Goiânia a cidade dos nossos sonhos.

A coligação faz alguma projeção para o número de candidatos que poderão ser eleitos?
Não trabalho com esse foco. O que eu tenho buscado é fazer minha campanha ressaltando as qualidades do nosso candidato a prefeito e focado no meu trabalho. Busco uma cadeira na Câmara dos Vereadores em que possa de fato renovar aquele poder, mas não por eu ser um rosto novo que vai chegar até lá, e sim porque as práticas que ali existem precisam ser modificadas. Queremos uma Câmara que seja respeitada pela população e que não fique negociando cargos e empregos para apadrinhados, amigos e familiares, e que seja focada em prestar um bom serviço à comunidade.

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