“Pesquisas nem sempre falam a verdade”

Sem acreditar completamente nos resultados das últimas pesquisas, o vereador e candidato a vice-prefeito, Deivison Costa (PT do B), afirma que nas

Postado em: 17-09-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Sem acreditar completamente nos resultados das últimas pesquisas, o vereador e candidato a vice-prefeito, Deivison Costa (PT do B), afirma que nas ruas a aceitação dos eleitores pela prefeitável Adriana Accorsi (PT) é fantástica. Em entrevista ao jornal O Hoje, o candidato conversou sobre as estratégias de campanha, o resultado das últimas pesquisas, isenção de impostos para instituições religiosos e sobre os projetos futuros do partido no estado, as diferenças ideológicas dos partidos que apóiam a coligação da candidata petista à prefeitura da capital, além de comentar sobre o apoio de candidatos a vereador do PT do B que declararam apoio ao candidato Vanderlan Cardoso.
O que a coligação está fazendo para alavancar a candidatura da candidata Adriana Accorsi?
Estamos trabalhando com muitas reuniões, caminhadas, carreatas e temos percebido que a aceitação da candidata pelo eleitorado é muito boa. Temos também nosso palanque eletrônico, que é a TV, a rádio e as redes sociais, mas nosso foco continua sendo o contato com o povo por meio de uma maratona de visitas e caminhadas para levar nossa mensagem para o eleitor.

Qual a resposta do eleitor nessas caminhadas?
A aceitação da Adriana é fantástica. A mensagem que ela deixa é a mesma de seu pai, que saiu da prefeitura de Goiânia com grande aceitação da população.

A que você atribui o baixo desempenho da candidata Adriana Accorsi apresentado nas últimas pesquisas?
Eu acredito que nem sempre as pesquisas falam a verdade, e nem sempre condiz com a realidade. Existem muitas pesquisas maquiadas. Eu acredito que a pesquisa no Brasil deve ser regulamentada por meio de leis. É necessário disciplinar sobre essa atividade. Até porque não existe parâmetro, não tem ninguém para fiscalizar, e o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não está acompanhando. Acredito que representantes do TRE deveriam acompanhar essas pesquisas, assim como membros das coligações. Além do mais, numa pesquisa não é ouvido todo mundo, apenas uma parte da população. Já em relação a aceitação do prefeito Paulo Garcia, é óbvio que temos um desgaste devido a gestão atual e acredito que é algo que nem deveria existir. O prefeito, com exceção da limpeza urbana, está fazendo uma revolução na cidade, como por exemplo o BRT, o Parque Macambira-Anicuns, reconstrução de postos de saúde, construção de novos Cmeis, as ciclovias, e os corredores exclusivos para o transporte público. O grande problema na administração dele foi a não divulgação do seu trabalho, e em parte da administração ele tinha ingerências de outros partidos, que só veio acabar no último ano da gestão.

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Em relação a parceria entre o PT do B e a coligação da Adriana Accorsi, não existe algumas incoerências ideológicas entre os partidos, como por exemplo a ideologia de gênero?
Recentemente tive uma reunião com representantes da educação, e eles me fizeram perguntas referentes a esse tema, além do casamento entre pessoas do mesmo sexo, e eu respondi de forma simples a esse respeito. Primeiramente, nós somos uma convergência de vários partidos, com pensamentos muito variados, e convergimos para eleger uma prefeita arrojada para a cidade. As minhas convicções são alicerçadas nos princípios bíblicos. e não os troco por mandato nem por dinheiro, e com base nos meus princípios, eu digo que Jesus não foi alguém que excluía e sim que incluía, por tanto eu sou contra a discriminação, seja ela sexual, de raça e de qualquer natureza. Nós somos plurais, e temos que respeitar a idéia de cada um. Deus deu o livre e arbítrio para as pessoas, então cada um faz dela o que quiser.

Como presidente do PT do B em Goiás, pode nos dizer como serão tratados os candidatos a vereador que manifestaram apoio ao candidato Vanderlan Cardoso?
Parte destes candidatos já haviam tido suas candidaturas impugnadas e estavam inelegíveis, alguns não haviam apresentado contas de campanha, e outros perderam o prazo, e uns que declararam apoio nem mesmo são candidatos. Com isso, eles mesmos se declararam infiéis, e a legislação é clara quanto a isso, a punição é impugnar a campanha deles. Se tivessem trabalhado fora dos holofotes, talvez isso tivesse passado batido, mas eles declararam publicamente o apoio, então eles irão sofrer as consequências. A primeira coisa que você precisa ter na política é lado, sua ideologia, defender sua bandeira. Aí eles usam o partido para se promover e no final agem assim, e isso é ruim para o nome deles. O eleitor percebe isso, ele respeita quando o candidato se firma na esquerda ou da direita, mas se ficar de um lado para outro e não tomar uma decisão, infelizmente eles irão fracassar.

Nesta eleição, você trocou uma candidatura a vereador garantida por uma mais incerta como vice-prefeito. Pintou algum arrependimento?
Não pintou nem um tipo de arrependimento, até porque eu não queria mais ser vereador. Não existe consistência ficar vários anos fazendo a mesma coisa. A população espera que você tenha um projeto político crescente, de nível de estado. Além disso, eu sempre tive muita afinidade com a candidata Adriana. E também possuo um respeito e gratidão muito grande pelo prefeito Paulo Garcia, principalmente por uma lei que ele sancionou em Goiânia, que beneficiou muito o seguimento que eu defendo, que foi a isenção de tributos para imóveis de instituições religiosas na capital.

Houve alguma pressão para apoiar Vanderlan?
Não houve nenhum tipo de pressão.

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