28% dos eleitores não cursaram o ensino médio

Dos 144 millhões de eleitores em todo o país, 41 milhões declararam não ter concluído o ensino fundamental; 6,9 milhões são analfabetos

Postado em: 21-09-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

O Brasil vai às urnas, no próximo dia 2 de outubro, para escolher prefeitos e vereadores, com um contingente de 41,1 milhões de eleitores (28,5) que declararam não ter concluído o ensino fundamental, que compreende as séries do 1º ao 9º ano. São 144.088.912 eleitores cadastrados em 5.568 municípios, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Os analfabetos somam 6,9 milhões (4,85%), e os que apenas leem e escrevem totalizam 10,74% (15,4 milhões). Na outra ponta do grau de instrução do gráfico do TSE consta que os conseguiram concluir o ensino médio são 19,01%, o que corresponde a 27,39 milhões, e os eleitores que têm o ensino superior completo somam 6,61% (9,5 milhões de eleitores).
O grau de instrução dos 475.363 candidatos que disputam cadeiras nas Câmaras Municipais e o posto principal nas prefeituras reflete a realidade dos eleitores. São 443.349 candidatos a vereador; 16.010 a prefeito; e 16.004 a vice-prefeito. Desse universo, 37,48 têm o ensino médio completo; 21,19% com ensino superior completo; 15,42% não concluíram o ensino fundamental; e 2,77% disseram que sabem ler e escrever.
Em Goiás, a exemplo do cenário nacional, a faixa de eleitores com grau de instrução sem conclusão do ensino fundamental é a maior dentre as oito definidas pelo TSE, com 26,50%. Em seguida vem os eleitores com ensino médio completo (23,15); com ensino médio incompleto (15,46%). Os analfabetos chegam a 3,51%. Os que declaram formação universitária completa somam 9,57% do eleitorado. Os eleitores cadastrados na Justiça eleitoral no Estado somam 4.464.442 eleitores nos 246 municípios.
O índice de analfabetismo no Brasil é de 27%. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o país reduziu em 4,3 pontos percentuais o número dos brasileiros que não sabem ler e escrever. A taxa de analfabetismo entre brasileiros com 15 anos ou mais foi estimada em 8,3%, o que representa 2,5 milhões de pessoas a menos em relação a 2001.
A faixa etária que mais precisa de alfabetização são de brasileiros maiores de 60 anos. O índice chega a 23,1% de analfabetos.
A pesquisa Pnad mostra que, de 2004 a 2014, a região Nordeste do país tem a maior incidência de analfabetos, mas teve a maior redução do analfabetismo, em 5,8 pontos, passando de 22,4% para 16,6% de sua população. A região Norte teve uma redução de 4 pontos, de 13% para 9%; o Centro-Oeste, 2,7 pontos (de 9,2% para 6,5%), o Sudeste, 2 pontos (6,6% para 4,6%) e o Sul, de 1,9 ponto (de 6,3% para 4,4%).

Veja Também