Ex-ministro da Fazenda Guido Mantega é preso na 34ª fase da Lava-jato

A prisão temporária do ex-ministro foi acionada na manhã desta quinta-feira (22) em investigações da Operação deflagrada pela Polícia Federal

Postado em: 22-09-2016 às 08h00
Por: Renato
Imagem Ilustrando a Notícia: Ex-ministro da Fazenda Guido Mantega é preso na 34ª fase da Lava-jato
A prisão temporária do ex-ministro foi acionada na manhã desta quinta-feira (22) em investigações da Operação deflagrada pela Polícia Federal

O ex-ministro foi preso no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde acompanhava com a esposa. A prisão temporária de Guido foi acionada na manhã desta quinta-feira (22) em investigações da Operação deflagrada pela Polícia Federal (PF).
A nova fase da operação foi batizada de 'Arquivo X'. São cumpridos 49 mandados, sendo 33 de busca e apreensão, oito de prisão temporária e oito de condução coercitiva. Aproximadamente 180 policiais federais e 30 auditores fiscais cumprem determinações judiciais em São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal e Bahia. Segundo a PF, a 34ª fase da Lava-jato investiga a contratação pela Petrobras de duas empresas para a construção de duas plataformas, a P-67 e a P-70. Foi verificado que em 2012, o então ministro da Fazenda, Guido Mantega, teria atuado diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse para pagamento de dívidas de campanha de partido político. Os valores teriam como destino pessoas já investigadas na Lava-jato e que atuavam na propaganda de campanhas.

Buscas
A operação busca apurar práticas, dentre outros crimes, de corrupção, fraude em licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O nome 'Arquivo X' dado à operação é uma referência a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a colocação e repetição do 'X' nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu conglomerado empresarial
Nesta fase são investigados fatos relacionados à contratação pela Petrobras de empresas para a construção de duas plataformas para a exploração de petróleo na camada Pré-Sal.
"Utilizando-se de expedientes já revelados no bojo da Operação Lava Jato, fraude do processo licitatório, corrupção de agentes públicos e repasses de recursos a agentes e partidos políticos responsáveis pelas indicações de cargos importantes da estatal, empresas se associaram na forma de consórcio para obter os contratos de construção das duas plataformas muito embora não possuíssem experiência, estrutura ou preparo para tanto", diz a nota da Polícia Federal.
Ainda segundo a polícia, verificou-se ainda que em 2012, um ex-ministro da Fazenda teria atuado diretamente junto ao comando de uma das empresas para negociar o repasse de recursos para pagamentos de dívidas de campanha de partido político da situação. Estes valores teriam como destino pessoas já investigadas na operação e que atuavam no marketing e propaganda de campanhas políticas do mesmo partido. "São apuradas as práticas, dentre outros crimes, de corrupção, fraude em licitações, associação criminosa e lavagem de dinheiro".
Aproximadamente 180 policiais federais e 30 auditores fiscais estão cumprindo mandados judiciais em cidades nos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, da Bahia e no Distrito Federal.
O nome  Arquivo X dado à operação é uma referência a um dos grupos empresarias investigados e que tem como marca a colocação e repetição do “X” nos nomes das pessoas jurídicas integrantes do seu conglomerado empresarial. (Agência Brasil)

Veja Também