Com Vanderlan, base aliada pode chegar à Prefeitura de Goiânia

Venceslau Pimentel

Pelas mãos de Vanderlan Cardoso (PSB), a base aliada do governo estadual, que reúne 15 partidos, tem a chance de chegar novamente ao comando da prefeitura de Goiânia, 17 anos após a eleição do tucano Nion Albernaz.

O pessebista – que foi prefeito de Senador Canedo por dois mandatos – tem o apoio do governador Marconi Perillo (PSDB), obteve 31,84% dos votos válidos, no primeiro turno, o que corresponde a 217.981 votos, na disputa vencida por Iris Rezende (PMDB), com 40,47%, ou 277.974 votos.

Passado o primeiro turno, o momento agora é de articulação dos dois candidatos, não só junto aos partidos que estão fora do processo, como também da parte de convencimento do eleitor goianiense.

Como faz parte da base de apoio ao governo, o deputado estadual Francisco Júnior (PSD) – que registrou 9,31% dos votos – provavelmente deve anunciar apoio a Vanderlan. Mas ainda não há uma decisão oficial nem do ex-candidato nem do ex-partido.

Há quem aposte que o Delegado Waldir (PR) vai declarar apoio a Iris, por ter rompido com o PSDB, pelo qual foi campeão de votos na eleição de deputado federal, em 2014. Na campanha, ele centrou suas críticas na administração petistas, mas também focou o ex-prefeito de Senador Canedo, por ele ter tido apoio do Palácio das Esmeraldas.

No entanto a deputada federal e presidente do PR, Magda Mofatto, já avisou que como a legenda integra a base aliada, o apoio a Vanderlan se dará de forma automática.

Terceiro colocado na disputa, o delegado da Polícia Civil conquistou 71.727 votos (10,48%), em coligação que contou como o PMN e o PTN. Tudo indica que a deputada Adriana Accorsi (PT) vai ficar neutra no processo, por não ver possibilidade de apoiar nenhum dos dois candidatos, pelo bombardeio contra a administração petista durante toda a campanha.

“Mesmo com o rompimento com o PT, Iris não poderia ter sido tão cruel com o Paulo Garcia, que teve o apoio dele em 2012. Vale lembrar que nós apoiamos o Iris em 2014”, avalia um petista.

Sem candidato

Nion foi eleito em 1996, para mandato de quatro anos. Em 2000, os tucanos tentaram emplacar Lúcia Vânia, hoje senadora pelo PSB, mas não logrou êxito. Passaram para o segundo turno Darci Accorsi, então filiado ao PTB, e o petista Pedro Wilson, que venceu a disputa.
Quatro anos depois, sem candidato, tiveram que apoiar Sandes Júnior (PP), que ficou fora do segundo turno, que foi vencido por Iris. Em 2008, Sandes, amparado pelo então governador Alcides Rodrigues (PP), foi lançado novamente candidato a prefeito, e mais uma vez foi derrotado pelo peemedebista, que disputava a reeleição.

Na eleição seguinte, em 2012, o PSDB, mais uma vez, não lançou candidato, tendo que apoiar o deputado federal e presidente do PTB, Jovair Arantes, que perdeu para o petista Paulo Garcia. Os tucanos viveram o mesmo dilema no pleito deste ano. Depois de uma disputa interna, o partido declinou de disputar com nome próprio. Na última hora, se coligou com Vanderlan Cardoso.

Propaganda

A propaganda eleitoral no rádio e na TV começa dia 15 e segue até 28 de outubro, dois dias antes da eleição. Durante esse período, além de tentar aglutinar o maior numero de apoio partidário, Iris e Vanderlan vão ter de correr atrás dos votos dos 199 mil eleitores que não compareceram às urnas no dia 2 de outubro. 
Tem ainda os que anularam seus votos ( 53,8 mil) e aqueles que votaram em branco (19,2 mil).

Socialista chama aliados para alinhar estratégias

Com o objetivo de alinhar as propostas de trabalho para o segundo turno das eleições municipais, foram realizadas diversas reuniões pelo Vanderlan Cardoso (PSB), na tarde e noite de ontem, com partidos que o apoiam na disputa pela prefeitura de Goiânia.Ele se encontrou com vereadores eleitos e lideranças do PP, PPS, PSB, PTN PHS, PTC, PSL e PSDC no diretório do PSB, no setor Sul, e reafirmou seu compromisso de levar desenvolvimento para toda Goiânia e agradeceu o apoio que teve dos partidos até o momento.

"Temos uma cidade inteira para recuperar. Vocês sabem como a cidade está. Na área da saúde, o povo está gemendo nas filas das unidades, faltam medicamentos, insumos básicos. Nossa cidade está escura, suja. Esta realidade precisa mudar, mas para isso, nosso município precisa de alguém que tenha determinação, e isso nós temos de sobra", garantiu.

O coordenador do PSB em Goiás, Ronnie Pessoni, agradeceu a presença e a disposição de todos para estar ao lado de Vanderlan. Ele destacou os motivos que colocaram o candidato no segundo turno. "O Vanderlan fala com responsabilidade, com seriedade. Ele fala das coisas que Goiânia precisa e que ele sabe fazer, porque tem experiência de gestão e traz inovação."

O presidente metropolitano do PHS, Marcelo Augusto, participou da reunião e pediu às lideranças partidárias que continuem o trabalho pelas ruas de Goiânia, no intuito de mostrar as propostas que Vanderlan tem para a capital. "Quero convidá-los para encabeçar esta luta. O Vanderlan, ao contrário do que alguns pregam, quer o bem para a nossa cidade", destacou.

Ele relembrou ainda que o candidato fez uma gestão que agradou à população de Senador Canedo. "Tudo que ele fez foi por meio de administração direta, sem Organizações Sociais. É essa mesma administração que ele quer para Goiânia", explicou.

O vereador eleito Romário Policarpo (PTC) ressaltou seu apoio a Vanderlan e enfatizou que o candidato representa aquilo que Goiânia precisa para o momento. "Estou aqui à disposição para ajudá-los nesta disputa. Não há ninguém com mais disposição e capacidade para administrar Goiânia do que você, Vanderlan", finalizou.

O Inspetor Newton Morais, candidato a vereador pelo PSB, disse que acredita que a vitória de Vanderlan no segundo turno é certa. “O que nós temos de observar é que o Vanderlan tem muitas propostas boas e que não foram vistas por nenhum outro candidato. O trabalho que ele desenvolveu em Senador Canedo e nas suas empresas mostram que ele quer desenvolver projetos importantes para a cidade. Além de ter visto que ele é uma pessoa íntegra e honesta”.