É iniciada a nova sessão da PEC 241/16 nesta tarde

A Comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou na última quinta-feira (6), por 23 votos a 7, a proposta

Postado em: 10-10-2016 às 18h40
Por: Toni Nascimento
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A Comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou na última quinta-feira (6), por 23 votos a 7, a proposta


Foi iniciada uma nova sessão para análise da Proposta de Emenda á Constituição (PEC) 241/16 na tarde desta segunda-feira (10), já que o Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou o requerimento da oposição de prorrogação da sessão que estava em andamento.

A oposição continua a obstruir os trabalhos por ser contra a limitação de gastos federais à inflação, defendendo que esse não é o caminho para impulsionar a economia. Com o começo de nova sessão extraordinária, os deputados registram novamente sua presença no painel eletrônico para permitir o início da Ordem do Dia.

A PEC

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A Comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou na última quinta-feira (6), por 23 votos a 7, a proposta de emenda à Constituição (PEC 241/16) que trata de limites para os gastos públicos pelos próximos 20 anos.

O relator, deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), decidiu suprimir a ampliação da vigência da Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2036. Com isso, este mecanismo, que permite ao governo gastar livremente 30% da arrecadação com determinadas contribuições, permanece com a validade atual, até 2023.

O substitutivo de Perondi segue agora para análise do Plenário. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, confirmou para segunda-feira (10) a votação em primeiro turno da proposta.

Saúde e educação

A PEC cria regras especiais para as áreas de saúde e educação no ano que vem. Mas, a partir de 2018, todos os gastos terão que obedecer, no seu conjunto, a um teto equivalente à despesa do ano anterior corrigida pelo IPCA.

Assim mesmo, os deputados da base do governo repetiram que não serão feitos cortes na área social. Mas os deputados da oposição afirmaram na reunião, que durou cerca de 9 horas, que as áreas sociais vão, sim, sofrer cortes já que o espaço de remanejamento dentro do Orçamento é pequeno.

A deputada Érika Kokay (PT-DF) disse que a PEC deveria limitar os gastos com juros que são os responsáveis pelo aumento da dívida: "A proposta não fala dos lucros do sistema financeiro. Aqui, quando se fala que aumentou a dívida, ninguém diz que a dívida aumentou em função dos gastos sociais".

Dívida insustentável

Mas o deputado Silvio Torres (PSDB-SP) disse que a trajetória da dívida pública é insustentável. Segundo ele, o desequilíbrio fiscal é responsável pelo aumento do desemprego: "É um remédio duro, um remédio amargo, mas é o remédio adequado para a situação que está o doente brasileiro, a economia brasileira. E é só por isso que nós temos de tomar esse remédio".

O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) defendeu que o governo atual limitasse suas medidas de ajuste ao seu tempo de governo: "O problema é que está propondo este projeto pra 20 anos. Então é uma PEC que não é da maldade, mas sim da maldição".

A deputada Angela Albino (PCdoB-SC) defendeu emenda que retirava os gastos sociais dos limites da PEC. Segundo ela, se o governo tem certeza que não haverá cortes nesta área, não haveria problema em apoiar a emenda. Mas Darcísio Perondi rejeitou a proposta: "Ela tem a digital de gastar mais do que arrecada e mexe com a estrutura do novo regime fiscal".

Reunião tensa

A reunião foi tensa e alguns manifestantes contra a PEC 241 foram expulsos da reunião por ofensas aos deputados da base do governo.

(Com informações da Câmara dos Deputados)

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