“Centro-Oeste carrega o Brasil nas costas”, diz Marconi

Governador diz que essa é uma região que não dá trabalho para o Brasil, mas, sim, ajuda o país a superar a crise

Postado em: 19-10-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Governador diz que essa é uma região que não dá trabalho para o Brasil, mas, sim, ajuda o país a superar a crise

Em entrevista coletiva à imprensa de Cuiabá, minutos antes de receber o título de cidadania do Mato Grosso, na noite da última segunda-feira (17), o governador Marconi Perillo foi enfático na defesa de seus princípios em relação às reformas da previdência, tributária e trabalhista em estudos pela área técnica do governo Federal e nas comissões afins da Câmara Federal, e na aprovação da PEC que limita os gastos da União.
Como presidente do Fórum de Governadores do Brasil Central, a qual Mato Grosso se integra como um dos seus membros mais ativos e de peso face a força de sua economia baseada na produção agropecuária, Marconi tem reiterado que o Centro-Oeste brasileiro “literalmente carrega o Brasil nas costas”.
A afirmação baseia-se nos índices de crescimento da região e sua capacidade de enfrentar e superar os desafios, alavancando o crescimento do PIB, das exportações e gerando mais empregos do que a média nacional.
De acordo com Perillo, os dois Estados possuem capacidade para crescer e se desenvolver ainda mais. “Temos tudo para ajudar o Brasil a superar a crise. O Brasil Central é sinônimo de prosperidade, de desenvolvimento, do PIB e do emprego que crescem mais que a média brasileira, do crescimento das exportações. Eu tenho muito orgulho de ser desta região. Quando digo que a região carrega o Brasil nas costas não estou usando de uma força de expressão”, afirmou.
O tucano ainda disse que atualmente cerca de 50% das exportações no Brasil saem da região central do país. “Os empregos líquidos que a gente tem no Brasil também são oriundos daqui. Essa é uma região que não dá trabalho para o Brasil. Ao contrário, é uma região que ajuda o Brasil”, explicou.
Sobre a crise, o governador afirmou que essa fase demonstra o quanto a região é importante para que o país supere as dificuldades atuais. “Esta é uma das mais difíceis recessões que nós tivemos em todos os tempos, a mais cruel de todas. Ela significou mais de 12 milhões de desempregados, queda nas arrecadações, no poder de compra, frustração de muitos projetos e queda da autoestima dos brasileiros. Nós precisamos devolver a esperança aos brasileiros. E para isso certamente que esta nossa região dará a sua contribuição. Não está fácil governar hoje no Brasil, nem nos estados, nem nos municípios e nem no governo federal, que passa por dificuldades enormes. A cada mês reduzem-se os repasses voluntários que são feitos aos Estados e municípios tornando a situação cada vez mais difícil”, explicou.
Marconi afirmou também que, o que levou a atual situação financeira nacioal, foram os desgovernos recentes. “Se nós não tomarmos medidas duras, como a aprovação da PEC do teto dos gastos, aprovação de uma reforma da previdência, de uma reforma trabalhista  e tributária, o Brasil pode quebrar como a Grécia quebrou”, pontuou o governador.

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