Segunda-feira, 01 de julho de 2024

Para Schreiner, Goiás teve bom desempenho em 2016

Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), apresenta o balanço do setor em 2016 e as perspectivas para o ano que vem

Postado em: 21-12-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), apresenta o balanço do setor em 2016 e as perspectivas para o ano que vem

O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, recebeu a imprensa goiana, ontem (20), para apresentar o balanço do setor em 2016 e as perspectivas para o ano que vem. “Em meio a uma avalanche de números negativos, de um ciclo vicioso preocupante, amarrado ou no engate de uma crise política, a agropecuária conseguiu superar suas dificuldades e se destacar como protagonista isolado. Prova disso, é que o setor gerou cerca de 6.800 empregos em Goiás”, disse José Mário.

Schreiner levantou números positivos para mostrar que o Estado teve um bom desempenho.  Como exemplo, ele citou que a expectativa para o próximo ano é que haja um aumento de 25% na produção de grãos em Goiás, ultrapassando os 22 milhões de toneladas comparado a safra 2015/2016. Em destaque, ele ressaltou que é necessário que o produtor tenha mais austeridade, equilíbrio e atenção em 2017. 

Segundo José Mário, o setor foi o único com saldo positivo de crescimento, muito beneficiado pela geração de empregos e pelo bom desempenho na balança comercial. Apesar disso, ele salientou que as razões para os números desfavoráveis do País são internas e múltiplas, entre elas estão queda de confiança, esgotamento de crescimento de consumo, incertezas da economia americana, quebra da safra, alta dívida pública, oscilações do governo e efeitos da Operação Lava Jato. José Mário falou também sobre a atual turbulência política e econômica do País, com endividamento do governo, das famílias e a quebra de safra em Goiás, considerada por ele a pior série da história. 

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Perspectivas

Quando se trata de riqueza de mercado goiano, o Ranking de Competitividade dos Estados de 2016 aponta Goiás em 12° lugar na competitividade entre as 27 unidades da Federação e a nona economia do País. A estimativa é que o PIB estadual feche em R$ 166 bilhões em 2016. Porém em um cenário tão preocupante, o setor da agropecuária também enfrentou dificuldades. Segundo ele, o crescimento esperado do PIB gira em torno de 2%, em 2017, o que reflete o baixo desempenho esperado pela agroindústria no próximo ano, a alta de jutos e o aumento do custo de produção e dos impostos dos Governos Federal e Estadual foram apontados como principais gargalos de 2016. 

Para o presidente, é necessário continuar investindo em 2017 na assistência técnica. Ele também sinaliza a necessidade de definir o atual quadro político do País, buscando melhorias para a infraestrutura, retomada de investimentos e a implantação de uma política plurianual. Com os acordos comerciais já fechados, José Mário, enfatiza que é possível melhorar as relações bilaterais. “Estamos discutindo com o governo um acordo com o EUA sobre a agropecuária. Tenho liderado essa transação com negociadores da Casa Blanca”, sinalizou ele sobre a possibilidade de melhorias nas relações comerciais. 

Durante o encontro José Mário, que também preside o Conselho do Admirativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em Goiás (Senar Goiás), destacou os números do Senar Goiás, que em 2016, realizou mais de 250 mil atendimentos em cerca de 6.500 ações de Formação Profissional Rural (FPR) e Promoção Social (PS). Já nos Cursos de Educação a Distância (EAD), a entidade somou mais de 19 mil alunos, que participaram cursos à distância e, em sua maioria, via online. Para o presidente, essa é uma forma de oferecer qualificação e gerar emprego e renda para diversas famílias goianas.  

 

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