Social é prioridade para Sabrina Garcêz na Câmara

Segunda mulher mais votada, ela assumirá uma cadeira na Câmara Municipal de Goiânia em 2017 como representante da juventude

Postado em: 22-12-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Segunda mulher mais votada, ela assumirá uma cadeira na Câmara Municipal de Goiânia em 2017 como representante da juventude

Mardem Costa Jr. 

O sobrenome Garcêz está presente na Câmara Municipal de Goiânia há 20 anos e continuará a ter um representante na Casa na próxima legislatura. Ou melhor, uma representante. A advogada Sabrina Garcêz (PMB), 27, elegeu-se em outubro – a pemebista teve 7.233 votos – com a missão de manter o legado familiar, mas também de trazer o gás da juventude, ávida por mudanças e descontente com o status quo. 

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Sabrina, Lucas Kitão (PSL) e Romário Policarpo (PTC) possuem abaixo de 30 anos e contrastarão com colegas acima dos 50 anos e vários mandatos na casa legislativa, como Anselmo Pereira (PSDB), Elias Vaz (PSB) e Milton Mercêz (PRP). Assim como os demais novatos, ela integra o chamado G-15. O grupo foi criado para marcar posição e seu apoio é fundamental tanto para os postulantes à Presidência da Câmara quanto ao prefeito eleito Iris Rezende (PMDB).

A política despontou naturalmente na vida da futura vereadora. Na adolescência, Sabrina participou da juventude do PSDB. Graduada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), ela ocupou, enquanto estudante, cargos no Centro Acadêmico (CA) de Direito da PUC, pelo Diretório Central de Estudantes (DCE) da mesma instituição acadêmica e ainda pela União Nacional dos Estudantes (UNE).

Atualmente Sabrina Garcêz é presidente do diretório metropolitano do PMB e apoiou Vanderlan Cardoso (PSB) na disputa pela Prefeitura de Goiânia, mas não se considera de oposição ao peemedebista. “Terei posições pontuais, de acordo com o teor de cada projeto e atitude do Paço”, salienta.

Com o impedimento de sua mãe, Cida Garcêz (PMN), em disputar um novo mandato, a jovem decidiu encarar o desafio. A expressiva votação indica que suas ideias foram assimiladas pelo eleitorado, cabendo a ela honrar os votos que lhe foram confiados. A reportagem de O HOJE elaborou algumas perguntas para a vereadora eleita. Confira a seguir as respostas.

O que te levou a entrar na política?

A chance de poder melhor ajudar as pessoas, com ações de maior alcance de modo a transformar a vida das pessoas.

Qual será a linha que você seguirá durante o mandato?

O meu mandato será voltado para o social, principalmente para as mulheres e crianças, mas também sem esquecer a técnica legislativa, porque é uma das minhas críticas como advogada e especialista em Direito Público, em início do mestrado. 

Você já tem um posicionamento quanto à eleição do futuro presidente da Câmara?

Formamos um grupo de novatos com 15 vereadores e estamos propondo a renovação de práticas. No caso da eleição da Mesa Diretora, esperamos que ela não envolva interesses escusos, dinheiro e sim baseado no interesse individual de cada um poder fazer algo melhor para a Câmara e para o nosso Município. Ainda não fechamos apoio à qualquer candidato, mas estamos unidos em prol de novas práticas e o que nos une é a vontade de trabalhar pela cidade de uma maneira diferente.

Quais são as questões da cidade que te chamam a atenção?

A falta de creches e de vagas no ensino regular e de atendimento de qualidade na Saúde me preocupam, além de problemas da mobilidade urbana.

O que você espera da gestão Iris Rezende?

Espero que ele, com sua experiência, consiga colocar a prefeitura em ordem e tomar as atitudes necessárias, como seguir o que é preconizado pelo Plano Diretor, de modo a evitar o desenvolvimento desenfreado de Goiânia e prestando atenção aos vazios urbanos. Uma cidade com alto grau de espacialização territorial acarreta um alto custo aos cofres públicos.

Qual será a sua posição política?

Acredito que não existe o porquê de se fazer uma oposição por oposição. O que pretendo é ter uma tranquilidade nas votações. Aquilo que for benéfico aos interesses de Goiânia terá o meu voto, porém aquilo que for prejudicial à cidade terá a minha oposição. Terei posições pontuais, de acordo com o teor de cada projeto e atitude do Paço. 

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