Rostos novos na teoria, mas nem tanto na prática
Pelo menos três dos cinco deputados estaduais que assumirão mandato em 2017 já passaram pela Assembleia Legislativa
Por: Sheyla Sousa
MARDEM COSTA JR.
A Assembleia Legislativa de Goiás contará com cinco novos deputados estaduais no próximo ano, porém pelo menos três deles já deram expediente na casa legislatura em outras legislaturas, mas não tiveram êxito na disputa de 2015. É o caso de Daniel Messac (PSDB), Karlos Cabral (PDT) e Wagner Siqueira(PMDB). Eles assumirão a titularidade dos mandatos em substituição a Zé Antônio (PTB), Renato de Castro (PMDB) e Adib Elias (PMDB) – eleitos, respectivamente, em Itumbiara, Goianésia e Catalão.
Messac volta à Assembleia após ter sido alvo de processo judicial em decorrência da Operação Poltergeist, deflagrada em 2014, que desmontou um esquema de desvio de recursos públicos por meio da contratação de servidores fantasmas. Ele ficou na segunda suplência da coligação PSDB-PP-PR-PSD-PTB, apesar de ter tido 27.142 votos – ante 24.813 em 2010.
Wagner, filho do ex-deputado federal Wolney Siqueira, primeiro suplente da coligação PMDB-DEM. Waguinho, como é conhecido, teve 24.250 votos – o peemedebista anotou 29.508 em 2010, e sua base principal é na capital, onde foi ex-presidente da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), secretário municipal de Habitação e vereador entre 2009 e 2010.
Rompido com o PT, de onde saiu no ano passado, Karlos Cabral (PDT) não deverá engrossar as fileiras da oposição, como fez na legislatura passada. O pedetista, vice-prefeito na chapa derrotada de Lissauer Vieira (PSB) em Rio Verde, tem a Região Sudoeste como base principal. O ex-petista teve 15.254 votos contra 14.427 em 2010.
Indefinição
Já a vaga deixada por Roller está indefinida. Clécio Alves (PMDB), aguarda o desenrolar da eleição para a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Goiânia para decidir se permanece como vereador na capital ou assume o mandato de deputado. Alves é um dos pré-candidatos à presidência da Câmara e disputa com Andrey Azeredo (PMDB) e Wellington Peixoto (PMDB) o apoio do prefeito eleito Iris Rezende (PMDB).
Caso Clécio desista do mandato, o segundo suplente é o ex-deputado Lívio Luciano (PMDB). O peemedebista saiu recentemente da Secretaria-Geral de Governo e Articulação Política do Tocantins.
Recontagem
Por sua vez, Jeferson Cabral (PRB), como adiantou O HOJE na edição de ontem, assume mandato na Assembleia pela primeira vez. A posse dele foi possível após uma recontagem determinada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) considerar a votação obtida pelo ex-prefeito de Nerópolis, Gil Tavares (PRB). Com isso, a chapa do PRB obteve quociente eleitoral, o que resultou no afastamento de Santana Gomes (PSL).
