Marconi destaca papel de Goiás contra crise econômica

Na posse de Navarrete na Secretaria da Fazenda, governador elogia papel de Ana Carla Abrão e sua equipe por afastarem o Estado da crise econômica

Postado em: 07-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Na posse de Navarrete na Secretaria da Fazenda, governador elogia papel de Ana Carla Abrão e sua equipe por afastarem o Estado da crise econômica

venceslau pimentel

Ao empossar ontem o novo titular da Secretaria da Fazenda, Fernando Navarrete, o governador Marconi Perillo (PSDB) destacou o legado deixado por Ana Carla Abrão, pela competência e determinação durante a sua gestão, cujo ajuste fiscal colocado em prática vai resultar numa economia de R$ 1 bilhão este ano.

“Mais difícil que começar bem, é terminar bem”, disse ele em seu discurso para uma platéia que lotou o auditório Mauro Borges no Palácio Pedro Ludovico, com destaque para o vice-governador José Eliton, a senadora Lúcia Vânia (PSB) e o ex-governador Irapuan Costa Júnior – pais de Ana Carla – o presidente da Assembleia Legislativa, Helio de Sousa (PSD), do ex-presidente do Banco Central, Pércio Arida, e representantes dos Tribunais de Justiça e de Contas do Estado.

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Marconi disse que nos dois anos em que Ana Carla esteve no comando da Sefaz, ela mostrou dedicação, profissionalismo de forma impar, para evitar que o Estado sofresse “as conseqüências danosas” da crise fez o Brasil empobrecer em 8,5%. “Isso graças à equipe econômica montada por ela. Com determinação, fé coragem, abnegação e ousadia, ela conseguiu resultados bem melhores que os demais estados”, frisou.

Durante a gestão da Secretaria da Fazenda, Marconi sustentou que Ana Carla revelou os traços de uma mulher de fibra, “determinada, pura, de sucesso, que tem espírito de civismo”. Disse que a secretária cumpriu à risca o papel de “resistir, reagir e prevenir” para que Goiás não trilhasse o mesmo caminho de outros Estados, que não conseguiram sequer honrar os compromissos com a folha de pessoal.

As medidas de ajuste fiscal, iniciadas em 2014, e que agora se completam com o Programa de Austeridade, colocam Goiás no protagonismo de ações de cortes de gastos, passando a exercer papel de um Estado formulador de ideias para outras unidades da federação, como foco na eficiência e na responsabilidade fiscal.

Quanto à escolha de Navarrete, o governo disse que a decisão de colocá-lo no comando da Sefaz se deve, entre outros méritos, pela sua atuação na presidência da Celg G & T, cujo faturamento anual passou de R$ 11 milhões para R$ 50 milhões, e deve chegar em julho deste ano com R$ 130 milhões, sem nenhuma dívida;

Marconi também destacou o empenho de Navarrete no processo de recuperação da Celg, ao lado de José Eliton, e por ter trabalhado na pavimentação do caminho para a privatização da empresa, em meio a um quadro de incertezas da economia nacional e desconfiança de investidores internacionais no País. No final de sue discurso, o governador pediu que o mesmo apoio da Sefaz dado a Ana Carla se estendesse ao novo presidente. Pediu a ele a continuar perseguindo a meta da estabilidade fiscal e econômica do Estado: “Doutor Fernando, mãos à obra”, arrematou.

Marconi fez questão de destacar a atuação de Lúcia Vânia, no Senado, para abrir portas para Goiás, atribuindo a ela o que classificou de “espírito de goianidade”. 

Governador pede para Ana Carla entrar na política 

Ao destacar as habilidades demonstradas pela ex-secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, à frente da política econômica do Estado, o governador Marconi Perillo (PSDB) a incentivou a ingressar na política.

Para ele, Ana Carla não pode se limitar apenas à sua função técnica de economista ou gestora privada ou pública. “A senhora precisa dar passos muito mais largos não só na sua atividade técnica, mas também na atividade política. O Brasil precisa de muitas Anas Carlas”.

Em entrevista recente ao Jornal O Hoje, a ex-titular da Sefaz, quando indagado se tinha projeto de disputar cargo eletivo, respondeu que se tratava de uma possibilidade que não podia destacar. Ela lembrou que a sua família já estava representada tanto pela sua mãe, a senadora Lúcia Vânia, quanto ao seu primo Marcos Abrão, que é deputado federal.

Ana Carla adiantou que ocuparia a coordenação de um conselho econômico da Prefeitura de São Paulo, a convite do prefeito João Doria Jr (PSDB). Mesmo assim, durante a solenidade de ontem, o governador disse que fazia questão de tê-la como consultora de desenvolvimento.

Em seu discurso, de forma emocionada, Ana Carla fez um balanço dos avanços e conquistas de sua gestão frente à Sefaz, afirmando que Goiás é hoje referência positiva no País, pela coragem de fazer, à tempo, os ajustes fiscais necessários para o enfrentamento da crise econômica.

Destacou que, em 2016, o aumento da receita chegou a R$ 1,2 bilhão, e a de 2015, R$ 900 milhões, no momento em que vários estados viram suas receitas se derreterem pela crise. Ela disse ainda que o governador fez a opção não pelo aumento de impostos, mas apostando na eficiência de sua máquina arrecadadora e muito trabalho. 

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