Marconi destaca liberação de recursos para segurança

Governador afirmou que há muito vem cobrando da União o descontigenciamento de recursos para o Fundo Penitenciário

Postado em: 09-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Governador afirmou que há muito vem cobrando da União o descontigenciamento de recursos para o Fundo Penitenciário

Da redação 

A decisão do presidente Michel Temer de liberar recursos contingenciados da ordem de R$ 1,2 bilhão para o Fundo Penitenciário Nacional para a construção de presídios estaduais é a solução da crise do sistema carcerário do país, segundo avalia o governador Marconi Perillo (PSDB). 

Desde o início do ano passado, ele tem feito pleitos junto ao governo federal, no sentido de que a área da segurança pública tenha tratamento igual ao que está previsto na Constituição para a saúde e a educação. Ou seja, que os recursos sejam partilhados pelas três esferas de poder, para evitar episódios como os ocorridos no Amazonas e Roraima, com rebeliões em presídios, que resultaram em dezenas de mortes de detentos.

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Na madrugada de domingo, ao menos quatro detentos morreram numa rebelião na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, em Manaus. Diante da gravidade da crise, o assunto foi discutido no fim da semana passada entre Temer e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármem Lúcia, tendo como pauta o Plano Nacional de Segurança.

Na defesa da criação do Fundo, o governador avalia que ele servirá como instrumento de pressão para que haja investimentos no setor da segurança. Marconi vem defendendo a implantação de uma Política Nacional de Segurança Pública e a liberação dos recursos contingenciados do Fundo Penitenciário Nacional para que os Estados possam fazer frente à superlotação de suas unidades prisionais.

Marconi aponta que há esforços isolados dos Estados para o aperfeiçoamento e ampliação do sistema penitenciário, haja vista que o agravamento da violência nos últimos anos é um desafio nacional, cujo combate depende da coordenação do governo federal. “Eu defendo há muito tempo que a União assuma a coordenação da área de Segurança Pública. Essa deve ser uma política federal, compartilhada com os Estados e os municípios”, disse o governador.

Ao reafirmar seu esforço, no sentido de cobrar da União mais verbas para a área, ele lembra que somente agora, depois da insistência e da determinação do Conselho Nacional de Justiça e da ministra Cármen Lúcia, é que o governo federal resolveu distribuir recursos que estavam contingenciados para formação de superávit primário para os Estados ampliarem sua ação nas áreas de presídios.

Goiás, de acordo com o governador, está fazendo sua parte para aperfeiçoar seu sistema penitenciário, e que os novos recursos são muito bem vindos. “Já estamos com o Presídio de Anápolis pronto, na fase de aquisição de equipamentos. Estamos com outros em andamento: Formosa, Novo Gama e Águas Lindas, disse. “Esses presídios vão ter espaço para mais 1.200 apenados e estamos preparando a construção de novos presídios com parte desses recursos que começam a ser liberados pelo Fundo Penitenciário”, afirmou. 

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