José Vitti assume o comando da Assembleia no dia 1º/2

Tucano terá a missão de conduzir os trabalhos nos próximos dois anos

Postado em: 28-01-2017 às 08h00
Por: Sheyla Sousa
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Tucano terá a missão de conduzir os trabalhos nos próximos dois anos

MARDEM COSTA JR.

Eleito presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), José Vitti (PSDB) e os demais integrantes da Mesa Diretora para o biênio 2017-2018 serão empossado nesta quarta-feira (1º de fevereiro), às 10 horas da manhã. A solenidade marca o início dos trabalhos do ano e contará ainda com as presenças do governador Marconi Perillo (PSDB) e do presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, desembargador Gilberto Marques Filho. 

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Apesar do evento, os deputados só voltarão ao trabalho a partir do dia 15 de fevereiro, porém a Casa volta à normalidade somente após o carnaval. Mané de Oliveira (PSDB), 1º vice-presidente; Henrique Arantes (PTB), 2º vice-presidente; Helio de Sousa (PSDB), 1º secretário; Bruno Peixoto (PMDB), 2º secretário; Lincoln Tejota (PSD), 3º secretário e Humberto Aidar (PT), 4º secretário completam a Mesa. 

Vitti foi eleito em chapa única, após conseguir viabilizar seu nome junto aos colegas, sepultando a pretensão de Francisco Oliveira (PSDB), que também estava de olho no cargo. Advogado e empresário do ramo de minérios, o parlamentar está no segundo mandato e terá a missão de conduzir votações de interesse dos deputados e de Perillo, de quem foi líder no ano passado. Uma das primeiras matérias a ser apreciada na nova gestão é a versão goiana da polêmica ‘PEC 55’, que estabelece um teto nos gastos públicos pelos próximos anos. 

Percalços

O novo presidente também terá que desarmar algumas “bombas”, como a construção da nova sede da Assembleia. Onze anos depois do início, apenas 20% da obra foi concluída e custou até agora R$24,4 milhões. Licitada novamente na gestão de Hélio de Sousa (PSDB), a sede tem previsão de custar R$ 120 milhões – quase o dobro do valor inicial, de R$ 54,4 milhões.

Outros dois percalços são o corte de ponto de deputados faltosos e os gastos com diárias. Sousa até tentou endurecer o jogo contra os “gazeteiros”, porém o novo presidente já deu sinais de que não será rigoroso nesse sentido.  No caso das diárias, o chefe da Assembleia terá que lidar com o desgaste da divulgação dos gastos de R$ 1,5 milhão apenas nos dois primeiros anos da legislatura atual. Apenas com 20 deputados, o custo foi de 514,2 mil.

‘Bancada do eu sozinho’

Assim como na Câmara dos Deputados, a Assembleia Legislativa também tem uma representação partidária fragmentada. Dezoito legendas são representadas atualmente, sendo que doze contam apenas com um deputado – a chamada “bancada do eu sozinho”. Ao mesmo tempo o PSDB possui sozinho 13 deputados, mais que o triplo do PMDB, com quatro. PT, PSB e PR contam com três parlamentares cada e o PSD, dois. Ao todo, a Alego possui 41 deputados.

Os dois últimos partidos a ganhar bancada na Assembleia foram PDT e PRB. Os pedetistas recuperaram espaço na Casa após a desfiliação de Dr. Antônio, que migrou para o PR. Karlos Cabral assumiu a vaga no lugar de Renato de Castro (PMDB), eleito prefeito de Goianésia. Cabral, assim como Castro, era do PT, e saiu da legenda após a crise vivida pelos petistas desde a deflagração da Operação Lava Jato e o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, o PRB passou a ser representado em dezembro, com a posse do pastor Jefferson Rodrigues. A assunção se deu por decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), que determinou a recontagem de votos da eleição para deputado estadual em 2014. Com isso, houve alteração nos quocientes partidários, provocando a perde da titularidade de Santana Gomes (PSL), que ficou na suplência.  

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