Animais incomuns ‘invadem’ zoológico de Goiânia

Wilton Morais 

Ao visitar o parque zoológico de Goiânia, a população consegue perceber não só a presença de animais silvestres expostos no local. Além das cutias e outros animais de vida livre, o abandono de gatos são responsáveis por trazer ao parque problemas como novas doenças e roubo de alimentos. De acordo com relatos de funcionários, diariamente a população abandona os animais, após a recusa do parque, que não pode receber os bichos. 

“Só vemos as caixas jogadas por aí”, disse um dos funcionários que não quis se identificar, ao relatar como as pessoas abandonam os animais. Segundo a direção do parque, apenas no ano passado, foram castrados mais de 30 gatos domésticos, na tentativa de controlar a proliferação no parque. Os gatinhos também são responsáveis por trazerem doenças aos felinos do parque. Conforme a equipe de veterinária do zoológico, algumas doenças não são manifestas nesses gatos, porém são apresentáveis nos animais em exposição. 

Ao procurar como esses animais entram no parque, a justificativa da administração é pelo fato do pequeno porte dos bichinhos. Em geral eles possuem facilidades em passar pelas pequenas brechas. Diferente dos cachorros, que não conseguem adentrar ao local. Para o vendedor de pipoca Luiz Felipe, que já apelidou um dos gatinhos de ‘Jhone’ os animais tem hora certa para aparecerem no parque. “Os gatos somem durante a tarde. Geralmente conseguimos velos durante a manha ou na hora do almoço”, conta o pipoqueiro. Luiz conseguiu identificou seis gatos próximos a seu carrinho de pipocas. “Comem de tudo, desde a pipoca que cai no chão até alimentos que as pessoas dão para eles”, pontuou sem contar os furtos realizados pelos animais.

Já as aves urbanas são responsáveis por roubar comida de outras áreas, a exemplo, o espaço dos gansos. Ao observar os animais de coloração preta, a quem se perde na identificação de gansos e urubus. As aves dominam o espaço, já que a entrada delas é livre, pela abertura dos céus. Conforme outro funcionário do zoológico há pouco tempo havia um projeto para captura de pombos e urubus, destinando os animais a zoonoses. “Pegávamos de 20 a 30 pombos em uma só armadilha”, relata. 

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), apenas informou que o controle de zoonoses lida apenas com animais que ofereçam algum risco a saúde humana. A SMS também informou que a captura de animais saudáveis não é permitida.

Animais Capturados

Em Goiânia, os animais silvestres capturados pela população, devem ser destinados ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), localizados no setor Leste Universitário, Rua 229, Nº 95. O órgão também recebe os animais no Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), localizado na Rua José Alves Toledo, Jardim Guanabara, Chácara União Os silvestre, próximo ao Km 9 da BR-153. 

Se tratando de animais doméstico – gato – o Ibama, não recebe o bichinho, exceto em situação de maus tratos quando há uma autuação.  Para os casos de Urubu, a coordenação do núcleo de fauna, esclareceu que um grupo de trabalho, juntamente com o Ibama e o Aeroporto de Goiânia, buscam uma solução para o problema na cidade. Dessa forma, a administração do zoológico, apresentaria um plano ao estado para aprovação de projeto.