Fachin diz que vai julgar Lava Jato com celeridade e transparência
No comunicado, Fachin também informou que já iniciou os trabalhos de transição com a equipe que trabalhava com o ministro Teori
Por: Toni Nascimento
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O
ministro Edson Fachin declarou hoje (2), por meio de nota à imprensa, que vai
cumprir seu dever com “prudência, celeridade, responsabilidade e
transparência”. Mais cedo, Fachin foi sorteado para relatar os processos
da Operação Lava Jato, que estavam sob o comando do ministro Teori Zavascki,
morto em um acidente de avião no dia 19 de janeiro, em Paraty (RJ).
“O
ministro Edson Fachin, a quem, na forma regimental, foram redistribuídos nesta
data os processos vinculados à denominada Operação Lava Jato, reconhece a
importância dos novos encargos e reitera seu compromisso de cumprir seu dever
com prudência, celeridade, responsabilidade e transparência”, diz a nota.
No
comunicado, Fachin também informou que já iniciou os trabalhos de transição com
a equipe que trabalhava com o ministro Teori. “O ministro relator,
especialmente para fins de recursos humanos, técnicos e de infraestrutura
necessários, conta com o esteio da digníssima Presidente, ministra Cármen
Lúcia, que vem conduzindo a Corte de maneira exemplar e altiva, e com o
sustentáculo dos colegas da Segunda Turma e dos demais integrantes desta
Suprema Corte”, diz.
A
escolha foi feita de forma eletrônica entre os integrantes da Segunda Turma,
colegiado que era integrado por Teori e que já julgou casos da Lava Jato. Também
fazem parte da turma os ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Dias Toffoli e
Ricardo Lewandowski.
A
partir de agora, cerca de 100 processos relacionados à operação, além das
delações de executivos da empreiteira Odebrecht, ficarão sob o comando de Fachin.
Os mais importantes tratam das delações de 77 executivos e ex-funcionários da
empresa Odebrecht, nas quais eles detalham o esquema de corrupção na Petrobras.
Após
a homologação feita pela presidente do STF, Cármen Lúcia, o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, já começou a trabalhar nos pedidos de investigação
contra os políticos e empresários citados nos depoimentos de colaboração com a
Justiça. Não há prazo para que eventuais pedidos de investigação ou
arquivamento cheguem à Corte.
(Agência Brasil)