Marconi reforça importância do mercado comum no Centro-Oeste brasileiro

Tucano foi anfitrião do primeiro encontro do Consócio Brasil Central de 2017

Postado em: 04-02-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Tucano foi anfitrião do primeiro encontro do Consócio Brasil Central de 2017

Venceslau Pimentel

A criação do mercado comum entre os Estados que compõem o Consócio Brasil Central ganhou força na reunião de ontem, em Goiânia, dos governadores da região, incluindo ainda o Tocantins e Rondônia. Anfitrião do primeiro encontro deste ano, o governador Marconi Perillo (PSDB) sustentou que o organismo interestadual, criado há três anos, já interestadual está consolidado, e que o momento é de avançar em ações conjuntas.

“Nós todos achamos que é hora de sairmos da vala comum, do lugar comum, e efetivamente demonstrarmos a nossa força, a nossa vontade política”, disse, salientando que o momento é de inovação, e de criatividade. “O momento é de sermos um ponto fora da curva nesse país, onde as coisas são muito morosas e os avanços são muito demorados”, pontuou. “Nós queremos uma agenda afirmativa positiva para o Brasil a partir do Brasil Central”.

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Depois de inúmeras reuniões em Goiânia, Cuiabá, Palmas, Brasília, Porto Velho e Cuiabá, Marconi disse, em entrevista à imprensa, ao lado dos demais governadores, que já resultados a serem mostrados. “Nós já estamos partindo agora para a entrega concreta de benefícios para os nossos estados, para as nossas populações”.

Dentre as ações já aprovadas no encontro, ele destacou a aprovação da contratação de um instituto de consultoria, para fazer uma radiografia das potencialidades econômicas de cada estado para, em seguida, traçar estratégia comum para as exportações. “Julgamos muito importante essa estratégia porque os nossos estados são fortíssimos nas em produção e em exportações”.

No que tangem ao mercado comum, Marconi afirmou que as discussões estão avançadas, em que pese a complexidade do assunto. “Não há ainda uma definição final, mas avançamos no sentido de que esse mercado englobe a questão de sanidade animal e vegetal, segurança publica, incentivos ficais e, principalmente, a questão tributaria”, relacionou.

A proposta segue o conceito do que acontece na Europa. “Nós chegamos a um consenso de que há uma determinação política forte, para que o mercado comum avance e se consolide efetivamente, como o que aconteceu com o mercado comum europeu”, pontuou Marconi. Quanto à questão de tributos ele disse reconhecer que, de forma natural, haverá perdas, mas que poderão ser minimizadas, assim como aconteceu no mercado comum europeu.

“Não é algo fácil, porque se mexe com incentivos fiscais, com competitividade, com alíquotas fiscais e tributárias. Há todo um histórico e tradição fazendária em nossos estados. É realmente demorado. Mas é preciso ter decisão política se quisermos fazer a nossa região avançar. E queremos mostrar a nossa decisão política de avançar para um Mercado Comum entre nós”, endossou.

Mesmo com os entreves naturais, o governador considera que é preciso que haja decisão política para que a região avance em seu desenvolvimento. 

Ministro destaca mobilização dos governadores

 A mobilização dos estados do Brasil Central mereceu elogios tanto do ministro das Cidades, Bruno Araújo quanto do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Na reunião de ontem, Araújo parabenizou os governadores do consórcio e disse que se trata de uma demonstração clara de que os estados têm pressa, muito mais do que o governo federal, de buscar o seu desenvolvimento.

O ministro ressaltou que a queda do Produto Interno Bruto (PIB), do país, registrado em 2015, de 4%, contrasta com o resultado positivo do conjunto dos estados do Centro-Oeste de 2%. “É uma demonstração clara de que esses são os estados que ajudaram a diminuir os problemas que o país viveu no momento de crise do país, e que estão prontos para avançar ainda mais no momento em que começamos a ter as primeiras noticias de forma crescente de que começa a ter uma sinalização de índices econômicos de uma virada ou possibilidade de estancarmos o processo de recessão ou de números ruins da economia”.

Para o ministro, a articulação dos governadores é uma prova de que os Estados, quando unidos, contribuem para fortalecimento do Pacto Federativo.

Por sua vez, Alckmin, convidado de honra da abertura da primeira reunião do ano do Fórum de Governadores do Brasil Central, ocorrida na noite desta quinta-feira no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, aproveitou o evento para assinar ordem de serviço de início das obras de aprofundamento do Pedral de Nova Avanhandava, na Hidrovia Paranaíba-Tietê-Paraná.

A obra, orçada em R$ 300 milhões, vai garantir a navegabilidade do canal mesmo que o volume de água do Rio Tietê caia durante um período de seca. Na seca de 2014 o volume transportado pelo canal alcançou pouco mais de quatro milhões de toneladas. Este ano fechou em 7,8 milhões de toneladas de grãos transportados.

 

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