Marcelo Caetano apresenta proposta de reforma da Previdência a ruralistas

A Proposta de Emenda à Constituição 287/2016 foi enviada pelo governo federal ao Congresso no final do ano passado

Postado em: 07-02-2017 às 19h40
Por: Toni Nascimento
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A Proposta de Emenda à Constituição 287/2016 foi enviada pelo governo federal ao Congresso no final do ano passado

O
secretário da Previdência Social, Marcelo Caetano, participou nesta terça-feira
(7) de reunião com a bancada ruralista da Câmara dos Deputados, para apresentar
os principais pontos da reforma da Previdência. A Proposta de Emenda à
Constituição 287/2016 foi enviada pelo governo federal ao Congresso no final do
ano passado.

“Foi
uma primeira conversa que se estabeleceu junto com o Parlamento. Vamos esperar
a instalação da Comissão Especial para ter um processo de diálogo mais
intenso”, disse Caetano. O secretário ressaltou que o debate realizado
hoje era mais voltado para a Frente Parlamentar da Agropecuária. Foram assuntos
relacionados à área rural tanto da parte de benefícios quanto da parte da contribuição.
“A previsão atual é de que no primeiro semestre a proposta esteja aprovada
no Congresso. O Congresso é soberano. Porém, a conversa de hoje foi muito boa,
onde os parlamentares fizeram seus questionamentos e puderam tirar suas dúvidas”,
acrescentou o secretário.

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O
novo presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Agropecuária, deputado
Nilson Leitão (PSDB-MT), alertou para o fato de que a proposta será aprimorada
pelos parlamentares. “Com certeza, essa proposta não vai terminar do jeito que
iniciou. Não vai sair da Casa da forma que ela entrou. Vai ter algumas mudanças
que os setores, não só da Frente Parlamentar Agropecuária, vão propor para
poder melhorar esse debate da questão previdenciária”.

Já a
vice-presidente da Frente, deputada Tereza Cristina (PSB-MS), disse estar
convicta de que é preciso fazer a reforma da Previdência. “O que nós
precisamos agora é debater de maneira responsável como é que nós vamos resolver
o futuro. A reunião foi importantíssima, entendemos alguns pontos da transição,
mostrando que as pessoas não vão perder direito adquirido. Vai ter essa
transição por 20 anos”. A deputada ressaltou que a reforma da previdência
é urgente e que os parlamentares devem correr os riscos eleitorais. “Nós
sabemos que se não fizermos isso agora nós teremos problemas sérios no futuro
de que as pessoas não receberão os seus salários. O Brasil é um país jovem mas
está envelhecendo muito rapidamente.  E
essa equação precisa ser mexida agora para que o remédio seja menos amargo no
futuro”.

O
deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), relator da proposta na Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, afirmou que, no Brasil, cada vez que se
discute reformas imediatamente surgem críticas superficiais. E, comparou:
“se não tivéssemos feito a reforma monetária com o plano real, nós
teríamos certamente uma inflação gigantesca e o país não teria a normalidade
como agora. Não há um sistema previdenciário que seja bom para o governo e ruim
para a oposição. Há um só. Nós vamos ter que encontrar verdades sobre o
processo. É um processo sustentável, que não gera lucro e nem vantagem a
ninguém que não seja aquele que contribui e saca da sua aposentadoria”

(Agência Brasil) 

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