Marconi e José Eliton costuram consenso

Venceslau Pimentel 

Candidato de consenso a presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM), o prefeito de Hidrolândia, o tucano Paulo Sérgio de Rezende (PSDB) disse ontem que a atuação do governador Marconi Perillo e do vice-José Eliton, ambos do PSDB, foi fundamental para que houvesse unidade entre os pré-candidatos a presidente da entidade.  

Em entrevista ao Clube dos Repórteres Políticos, Paulinho, como é conhecido, contou que depois de muita conversa, os pré-candidatos chegaram a um denominador comum, entendendo que para que a AGM continuasse forte a atuante, deveriam trabalhar para a unidade, para evitar um racha e, conseqüentemente, sequelas. A eleição acontece no próximo dia 22 

Nesse processo, ele destaca a articulação tanto de Marconi quanto de José Eliton, “sempre apaziguando, pedindo que nós entrássemos num entendimento; e nós como prefeitos que estamos abertos ao debate, chegamos a esse consenso. Foi muito importante, pois quem mais ganhou com isso foi a AGM”, pontuou o candidato.

Pelo menos cinco prefeitos se colocaram na disputa como pré-candidatos: Kelson Vilarinho (PSD) de Cachoeira Alta; Issy Quinan (PP), de Vianópolis; Itamar Leão (PSDB), de Sanclerlândia; Márcio Cecílio Ceciliano (PSDB), de São Miguel do Passa Quatro, e Paulinho. À medida que o processo ia se afunilando, aumentava a divisão entre os apoiadores. O recrudescimento se deu quando apenas Paulinho e Márcio Cecílio ficam no páreo.

Cada um com seus métodos, os dois candidatos contabilizavam o número de apoiadores que diziam ter, numa conta que não batia. Nesse período, entraram em cena o governador, o vice o atual presidente da entidade, Cleudes Bernardes Baré (PSDB). No final da semana passada o prefeito de São Miguel de Passa Quatro desistiu da disputa e anunciou a apoio ao adversário de Hidrolândia.

Reeleito para um segundo mandato pelo Democratas do deputado federal Ronaldo Caiado, Paulinho tinha um entendimento de que teria mais chances de se eleger presidente da AGM pelo PSDB. No fim de janeiro, ele foi ao governador, no Palácio Pedro Ludovico, anunciar a sua decisão. Com a decisão, a representatividade do DEM reduziu no Estado, que passa a contar com apenas nove prefeitos.

Paulinho admite que a mudança partidário foi importante para se habilitar mais fortemente como candidato, mesmo pertencente à base de apoio do governo. Mas, independente de sua postulação, a mudança de legenda aconteceria de uma forma ou de outra, já que Caiado faz hoje oposição a Marconi e já se coloca como pré-candidato a governador em 2018.

“Eu não podia ficar esperando que Ronaldo Caiado se lançasse candidato se eu estou na base do governo. Eu resolvi sair (do DEM) e agora todos já sabem que o meu candidato será o candidato que o governador Marconi e a base escolher”, disse.