Marconi considera natural movimentação política de sua base

Governador disse que sua base aliada tem hoje uns dez pré candidatos ao senado e só há duas vagas

Postado em: 14-03-2017 às 17h00
Por: Toni Nascimento
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Governador disse que sua base aliada tem hoje uns dez pré candidatos ao senado e só há duas vagas

O
governador de Goiás disse nesta terça-feira (14) de manhã, em entrevista coletiva
à imprensa, que a movimentação dos partidos da base é natural. A entrevista de
Marconi ocorreu hoje de manhã, na abertura do 3º Meeting da Instituições de
Assistência aos Servidores Públicos, em Goiânia. Confira o que disse Marconi
sobre o assunto:

“Estamos
a um ano e meio da eleição, as coisas começam a esquentar a partir de agora.
Têm partidos que se dizem da base mas não eram da base em 2014. Outros são da
base e é natural que eles queiram os espaços. O que está em jogo, para colocar
os pingos nos is é o seguinte: existem quatro vagas na chapa majoritária,
governador, vice, duas vagas de senador e além dos suplentes. A questão toda
não é por espaço no governo, a questão toda que se discute hoje é por espaço
nas chapas majoritárias do ano que vem e é isso que vai definir o jogo, quem é
que vai estar com quem. Nós temos só na nossa base hoje uns dez pré candidatos
ao senado. Só tem duas vagas. Então, é natural que essa busca por acomodação
ocorra e isso é democrático. Eu respeito as pessoas que estão representando os
partidos na base. São pessoas da minha relação pessoal, são meus amigos, alguns
de décadas. Eu não vou entrar nesse jogo. Porque, repito, o jogo não é para
acomodação no governo, é por acomodação na chapa majoritária ou nas chapas majoritárias
de 2018. É natural que alguém que não se sentir bem, que não for contemplado na
chapa do governo tende a procurar espaços. Isso é matemático, é dois mais dois.
Não tem que a gente ficar preocupado com isso. Eu vejo que há ansiedade de
muitos que querem já definir como é que vai ficar o quadro. Esse é o problema.
Se nós tivéssemos dez vagas, estava tudo resolvido”.

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Marconi
disse também, na mesma entrevista, que a crise no sistema prisional brasileiro
só será resolvida com a participação do governo federal, que hoje investe não
garante recursos para o setor e deixa toda a responsabilidade para o Estados.
Acompanhe a fala:

“Olha,
eu fui ao ministro da Justiça, semana passada, e disse a ele o que todos têm
dito: o sistema prisional brasileiro está falido, porque o governo federal não
coloca recursos. Isso não é de agora. É de décadas. Enquanto o governo federal
não assumir a responsabilidade de colocar o dinheiro do Fundo Penitenciário em
presídios de segurança máxima, enquanto não houver ajuda federal na área de
Segurança Pública os Estados não vão conseguir fazer as coisas sozinhos. No ano
passado, o Governo de Goiás gastou 13% de sua receita com Segurança Pública, o governo
federal, nem um centavo. É inadmissível que a gente consiga resolver um
problema tão sério do nosso sistema carcerário brasileiro, onde nós já tivemos
tantos problemas nesse ano, se não houver participação decisiva do governo
federal. Dois dias depois de empossado, eu levei esse problema ao ministro da
Justiça, que está sensível, já levamos ao presidente da República. Não é só
aqui em Goiás. Aliás, aqui em Goiás nós temos tido menos problemas do que em outros
estados brasileiros. De qualquer maneira nós estamos encarando essa situação.
Nós vamos chamar mais agentes penitenciários agora, mas o fato é que é preciso
construir mais penitenciárias. Não é que a gente cultue a questão do sistema
prisional, mas é porque existem mais presos do que vagas, por isso é preciso
construir-se mais presídios, ao tempo que é preciso ter mais dinheiro para
contratar agentes penitenciários. Então, eu não estou falando isso para fugir
das minhas responsabilidades. Nós temos assumido as nossas responsabilidades. Cinco
presídios nossos estão ficando pronto. Um já está ficando pronto e quatro em
andamento, com muita dificuldade, porque falta dinheiro.

Às
vezes as pessoas me perguntam: por que a obra está parada? Por que falta dinheiro.
Nós vivemos a maior crise da história do Brasil, nesses dois anos e meio. Mesmo
assim, aqui em Goiás nós mantivemos as nossas obrigações em dia e avançamos na
construção de muitas obras, muitos investimentos importantes. E, agora, nós
vamos avançar ainda mais este ano, porque felizmente nós estamos conseguindo
equilibrar as receitas e as despesas”.

Quanto
ao cancelamento do concurso de delegado, por suspeita de fraude, Marconi
afirmou que o assunto será resolvido pela área técnica e que só foi descoberto
por causa da eficiência da polícia goiana.

“Esse
assunto será examinado tecnicamente pelos que estão organizando o concurso. Os
cumprimentos do governador à nossa polícia. Foi a nossa polícia, nossos
delegados, nossos agentes que conseguiram desbaratar essa quadrilha que estava
tentando fraudar um concurso sério para delegado de polícia. A polícia goiana é
uma polícia excelente, tem atuado em diversas frentes. Sempre que há um crime a
polícia elucida, sempre que há uma fraude como essa a polícia elucida. É
preciso dizer, em primeiro lugar, que nós temos uma boa polícia: ela vai,
investiga, prende e desbarata as quadrilhas. Por outro lado, essa questão de se
vai ou não anular o concurso vai depender das análises técnicas. Se ele foi
contaminado por essa fraude, é claro que tem de ser anulado imediatamente.  

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