Queiroga diz que tratamento precoce não é tema decisivo no combate a pandemia

Em depoimento na CPI, ministro disse que a vacinação e medidas não farmacológicas são decisivas na crise sanitária.

Postado em: 06-05-2021 às 15h00
Por: Luan Monteiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Queiroga diz que tratamento precoce não é tema decisivo no combate a pandemia
Em depoimento na CPI, ministro disse que a vacinação e medidas não farmacológicas são decisivas na crise sanitária | Foto: Reprodução

Luan Monteiro

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quinta-feira (06/05), durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que o tratamento precoce não é decisivo no enfrentamento da pandemia.  “Essa questão do tratamento precoce não é decisiva no enfrentamento à pandemia. O que é decisivo é justamente a vacinação e as medidas não farmacológicas”, disse o ministro.

“Conforme já externei, não faço juízo de valor acerca da opinião do presidente da República. Essa questão é de natureza técnica. Essa medicação, como outras, foi suscitada no tratamento da Covid. No começo, o uso compassivo foi feito em diversas instituições. E já existem estudos controlados que mostram que pacientes mais graves, em UTI, não tem efeito. Em pacientes intermediários, não tem efeito”, explicou.

Continua após a publicidade

“Eu não autorizei distribuição de cloroquina na minha gestão. Não tenho conhecimento de que esteja havendo distribuição de cloroquina na nossa gestão”, complementou.

A decisão de Queiroga difere de seu antecessor, Eduardo Pazuello, que defendeu o tratamento com medicamentos sem comprovação cientifica para tratar a doença durante seu tempo comandando a pasta.

Para Queiroga, é necessário um consenso de profissionais especializados para que se recomende medicamentos ou não. “O que nós queremos fazer é trazer todos esses especialistas, juntamente com os técnicos do Ministério da Saúde, e pacificarmos essa situação de uma vez por todas. Há um agrupamento de colegas que defendem fortemente esse chamado tratamento precoce com esses fármacos e há outros colegas que se posicionam contrariamente. O Ministério da Saúde quer acolher todos para que cheguemos a um consenso”, completou.

Veja Também