Iris será defendido de críticas

Venceslau Pimentel

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), apresentou ontem à bancada do partido na Assembleia Legislativa, e ao presidente da legenda, deputado federal Daniel Vilela, um raio x sobre a situação financeira da administração pública municipal, quando afirmou que o município ainda passa por um momento difícil com a falta de recursos. A paralisação de obras importantes, como o Projeto Macambira-Anicuns, o BRT Norte-Sul, a continuidade das marginais e a redução dos atendimentos na Maternidade Dona Iris, são alguns exemplos da dificuldade que Iris enfrente nesse início de gestão.

No caso de obras que contam com recursos do governo federal, como a do BRT, estão paradas por falta da contrapartida da prefeitura. Daniel Vilela disse que ele, assim como os demais parlamentares do partido, se colocou à disposição do prefeito, e prometeu se empenha na busca de recursos para a capital. “Além disso, é importante lembrarmos que o próprio prefeito tem total abertura com o presidente Michel Temer. Diante de todo esse cenário encontrado na administração municipal da Capital, precisamos tomar conhecimento de forma macro da real situação, para, então, buscarmos apoios específicos”, disse.

Por conta da paralisia que toma conta da administração, o prefeito tem sido alvo de duras críticas de vereadores da oposição na Câmara de Goiânia. Por isso, ele agradeceu ao apoio dos parlamentares e disse que o momento é de união de forças. “Neste período tão difícil que passa a administração municipal, todo apoio é importante”, disse ele.

Mais uma vez, Iris falou das dívidas herdades de seu antecessor, o petista Paulo Garcia. “É de conhecimento de todos que encontramos a folha de pagamento dos servidores da Saúde atrasada, além de uma dívida de mais de R$ 600 milhões”. Desde que assumiu o comando da prefeitura, afirmou que tem se dedicado a regularizar as contas públicas e realizar ações que impactam diretamente o cidadão.

Aos deputados, projetou iniciar os mutirões tão logo termine o período chuvoso, mas não marcou data. Essas ações estão previstas na lei de 2008, que cria as administrações regionais uma de suas promessas de campanha. No encontro, esse tema não foi discutido. As chamadas subprefeituras têm como objetivo a promoção da distribuição dinâmica, racional, e eficiente dos serviços públicos, de forma a atender, em caráter essencial, os setores e bairros de forma descentralizada.

Líder do PMDB na Assembleia Legislativa, José Nelto, deixou claro que a audiência com o prefeito teve o objetivo de hipotecar apoio a ele e defendê-lo de críticas da oposição. “Viemos aqui trazer o apoio integral para as ações de Iris Rezende à frente da Prefeitura de Goiânia. Ele disse apostar na experiência do prefeito para colocar a administração nos trilhos.

Além de ações propositivas para a Capital, estratégias para obtenção de recursos e parcerias com o Governo Federal, projetos que tramitam na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), sobretudo os que impactam as administrações da Região Metropolitana de Goiânia, também foram abordados pelos parlamentares. Especificamente o que trata do Plano de Desenvolvimento da Região Metropolitana, Nelto disse que o projeto precisa ser debatido com a sociedade. “Esse projeto atende a legislação federal, mas precisa ser melhor debatido, tendo em vista que tira direitos de prefeitos e vereadores”, concluiu.