Lula se reúne com lideranças, mas eleição ainda não é o foco

Ex-presidente tem como prioridade, no momento, aprovação no aumento da renda emergencial e compra de vacinas

Postado em: 07-05-2021 às 13h56
Por: Luan Monteiro
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Ex-presidente tem como prioridade, no momento, aprovação no aumento da renda emergencial e compra de vacinas | Foto: Reprodução

O ex-presidente Lula vem se reunindo, nos últimos dias, com lideranças em Brasília. Porém, segundo a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffman, as prioridades, no momento, são ações no combate a pandemia e assistência a população vulnerável do país.

Em entrevista ao Jornal O Hoje, Gleisi disse que no momento, a intenção é realizar articulações para aprovar uma renda emergencial maior e garantir compra de vacinas. “As reuniões que fizemos em Brasília não tiveram por foco as eleições de 2022, mas sim a crise atual por qual passa o Brasil. A necessidade de articular um movimento para aprovar uma renda emergencial maior e vacina para a população”, disse presidente do PT.

Gleisi acredita que as articulações tiveram um resultado positivo, já que muitas destas reuniões foram com deputados e senadores com mandato vigente, e eles se mostraram favoráveis a este aumento. “O presidente [Lula] conversou com várias lideranças, a maioria delas tem mandato tanto no senado, como na câmara, são pessoas que tem influência em suas bancadas. E acredito que foi possível construir a possibilidade desse movimento prosperar. Mas, a partir da semana que vem, precisamos realizar articulações, conversar com as bancadas e preparar um projeto. Outra ideia que tivemos é de convidar o [Paulo] Guedes ao congresso para explicar o motivo de não se ter um auxílio maior, e mostrar que é sim possível ter. O que abre possibilidades.”, complementa.

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Sobre a reunião com Maia, Gleisi disse que Lula discutiu, também, a formação de uma frente ampla democrática para as eleições, mas nada definitivo. “Com Rodrigo Maia, conversamos sobre as eleições. Conversamos sobre a renda, congresso nacional e sobre o Rio de Janeiro. Como fazer as forças mais diversas se unirem contra o bolsonarismo no Rio. Já que esse movimento, hoje, destrói a economia e a sociedade do Rio. O Rio de Janeiro está precisando de muita ajuda. Mas não foi discutido nada definitivo, apenas perspectivas de avaliação”, completa.

Já em relação a articulações para as eleições presidenciais de 2022, Gleisi diz que o PT ainda não planejou a próxima agenda. E que, por conta da pandemia, esse planejamento deve ser feito com cautela. “Ainda não temos agenda. Tem vários estados querendo a presença do presidente, mas por conta da pandemia, temos que fazer agendas mais fechadas, de conversa, e isso acaba frustrando nossa militância. Vamos avaliar durante este mês de maio e, caso seja seguro, planejamos uma viagem para junho”, completou.

Lula também visitou o ex-presidente José Sarney (MDB), mas a visita foi de cunho pessoal.

O ex-presidente Lula (PT), ao lado do ex-presidente José Sarney (MDB), durante visita nesta semana. Foto: Ricardo Stuckert

Bolsonaro

Bolsonaro, por sua vez, vem articulando, tanto para se manter na presidência, como para buscar a reeleição em 2022. Nesta semana, o presidente se reuniu com o atual governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), e deputados estaduais aliados. Durante a reunião, Bolsonaro pediu para que “não abaixem a guarda para a esquerda”.

Já na última semana, o presidente visitou José Sarney, com a intenção de pedir apoio do MDB em embate com Renan Calheiros (MDB-AL), que é o relator da CPI da Pandemia.

O encontro de Bolsonaro com Sarney foi realizado no dia da implementação da CPI no Senado. Neste dia, Calheiros fez duras críticas a atuação do governo federal no combate a pandemia. Calheiros disse que “os crimes contra a humanidade não prescrevem jamais” e lamentou o fato de o Ministério da Saúde ter sido comandado pelo general Eduardo Pazuello.

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