Saída de servidores não impacta Reforma, diz ministro

Ministro Dyogo Oliveira disse ainda que estados se comprometeram a promover ajuste fiscal ao aceitar renegociar dívidas com União

Postado em: 22-03-2017 às 08h10
Por: Renato
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Ministro Dyogo Oliveira disse ainda que estados se comprometeram a promover ajuste fiscal ao aceitar renegociar dívidas com União

O ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo
Oliveira, afirmou ontem (21) que a decisão do presidente Michel Temer de
retirar da reforma da Previdência os servidores estaduais e os municipais,
inseridos em regimes próprios, não afeta a defesa da proposta no Congresso
Nacional. Temer anunciou a decisão no início da noite junto com o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (PMDB-RJ), e o relator do projeto de reforma da
Previdência, Arthur Maia (PPS-BA).

Sem os servidores estaduais e municipais, a reforma fica
restrita aos segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS, que
abrange na maioria trabalhadores da iniciativa privada, mas também alguns
servidores de municípios que não têm regime próprio) e aos servidores federais.

Segundo Dyogo, a mudança tem “impacto zero” nas contas do
governo federal. “Na verdade, o governo tinha a pretensão de incluir isso na
reforma para contribuir com o ajuste [fiscal] dos estados. Entretanto, o
entendimento é que os estados têm condições de fazer isso diretamente”,
afirmou, ao sair de audiência pública que durou sete horas na comissão especial
da Câmara dos Deputados que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC)
287/2016, que trata do tema.

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O ministro disse ainda que os estados se comprometeram a
promover um ajuste fiscal ao aceitar renegociar suas dívidas com a União. O
projeto de lei com os termos da renegociação e as contrapartidas previstas para
os estados foi aprovado no fim do ano passado pelo Congresso Nacional. A
proposta foi votada pela Câmara em agosto, modificada pelo Senado e aprovada
após retornar à Câmara.

Na avaliação de Oliveira, não há prejuízo ao discurso do
governo de que esta é uma reforma que abrange todos os brasileiros, sem
distinção. “Não [prejudica], na medida em que temos esferas. A esfera federal,
estadual e municipal. A igualdade está mantida na esfera federal”, afirmou.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil 

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