Marconi defende reformas estruturais

O governador Marconi Perillo defendeu, durante o 5° Encontro das Associações Comerciais e Industriais do Estado de Goiás, em Caldas Novas, que o Brasil volte a trilhar o caminho do desenvolvimento e seja alvo de reformas estruturais. Disse que os governantes devem “agir com maturidade” e assumir o desgaste político de aprovar medidas necessárias, como a reforma da Previdência. “O Brasil precisa de gente que tenha coragem de fazer o que deve ser feito”, observou.

O governador exemplificou com a questão do déficit previdenciário, hoje existente em 22 dos 27 estados da Federação. No caso de Goiás, apesar dos esforços do governo estadual, ele é hoje de R$ 170 milhões ao mês, resultado do pagamento de 40 mil aposentadorias. “E quem paga isso? Os 7 milhões de goianos”, salientou. Segundo ele, não se pode admitir que uma pessoa se aposente aos 50 anos de idade, quando a expectativa média de vida no Brasil é superior a 74 anos. “No momento que a pessoa atinge o auge de sua experiência, ela se aposenta. Isso é insustentável”, emendou.

Na visão dele, é importante valorizar aqueles que têm a coragem de aplicar suas economias na produção, assumindo os riscos inerentes à atividade comercial. “Os empresários são responsáveis em grande parte por levar o Brasil para frente”, afirmou. Também reafirmou que Goiás é hoje exemplo para o País de interação entre o poder público e a iniciativa privada. Marconi citou como exemplo o Programa Goiás na Frente, lançado esta semana, que prevê R$ 6 bilhões de investimentos públicos e R$ 3 bilhões de contrapartida privada. “Estamos tendo a coragem de quebrar paradigmas para fazer um Estado melhor, mais competitivo, atuante no atendimento às demandas da população”, enfatizou.

Na solenidade, o governador recebeu das mãos do presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de Goiás (Facieg), Ubiratan da Silva Lopes, a carta como 50 itens, elaborada com sugestões dos filiados das representações municipais da entidade, para fortalecer o comércio e a indústria no estado. “Vou ler com atenção e despachar com a minha canhota”, brincou o governador.

O presidente da Facieg aproveitou a oportunidade para, em nome das associações comerciais de todo o Estado, agradecer o empenho pessoal do governador na defesa da manutenção dos incentivos fiscais. É que sob a liderança de Marconi foi celebrado um acordo com o Estado de São Paulo, que possibilitou que o STF retirasse de pauta a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIn), movida por aquele estado, que pedia o fim dos incentivos fiscais goianos. “Os senhores não imaginam o que seria o Estado de Goiás sem esses incentivos”, afirmou Ubiratan, para quem a manutenção do benefício impacta positivamente em todo o setor. “O senhor tem feito um trabalho excepcional pelo desenvolvimento de Goiás”, arrematou.

Presente no encontro, que ocorreu na noite da última sexta-feira (31), o prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal (PP), agradeceu o governador pelos vultosos investimentos do governo na região das águas quentes. Anunciou a retomada da duplicação da GO-213, que liga Caldas a Morrinhos, e a reconstrução completa das rodovias entre Caldas Novas e Ipameri, Caldas Novas e Pires do Rio e Caldas Novas e Marzagão. “Goiás está trilhando os caminhos do desenvolvimento, gerando emprego e renda. Encerro o discurso dizendo que nunca em sua história Goiás teve a chance de ser protagonista no cenário nacional, sob a forte liderança do governador Marconi”, sentenciou Magal.

Superávit

No relatório bimestral da Lei de Responsabilidade Fiscal deste ano, Goiás obteve resultado positivo: superávit primário de R$ 886,5 milhões em janeiro e fevereiro. As receitas primárias totais, exceto as intraorçamentárias, fecharam em R$3,4 bilhões. As despesas liquidadas registraram R$ 2,5 bilhões.

Os Dados foram divulgados pela Secretaria da Fazenda e estão disponíveis no Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), no portal Transparência Goiás. Superintendente do Tesouro, Oldair Marinho avalia que o resultado está dentro das metas pactuadas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para esse exercício.