Cármen Lúcia autoriza investigação de ex-presidente do Ibama em inquérito de Salles

Eduardo Bim foi afastado do cargo no dia 19 de maio, por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Postado em: 07-06-2021 às 16h54
Por: Alice Orth
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Eduardo Bim foi afastado do cargo no dia 19 de maio, por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. | Foto: Divulgação

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou nesta segunda-feira (07/06) o pedido realizado pela Polícia Federal (PF) para acrescentar a investigação sobre Eduardo Fortunato Bim, ex-presidente do Ibama, ao inquérito já aberto sobre o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

Eduardo Bim foi afastado do cargo no dia 19 de maio, por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes. Ele faz parte de um grupo de dez agentes públicos em proximidade com o Ibama e o Ministério do Meio Ambiente que foram dispensados preventivamente após a Operação Akuanduba, que apura crimes contra a Administração Pública dentro do ramo madeireiro.

Na decisão, a ministra escreveu que “as mesmas circunstâncias fáticas e jurídicas expostas justificam a inclusão de Eduardo Fortunato Bim nas investigações, como requerido pela Procuradoria-Geral da República (…) Como antes determinado, a Secretaria Judiciária deverá reautuar a presente petição como inquérito, ao qual deverá ser apensada a PET 9594, que trata dos mesmos fatos. Fixo prazo máximo de trinta dias para cumprimento das diligências e finalização das investigações”.

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O inquérito contra Salles foi aberto por Cármen Lúcia a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) na última quarta-feira (02). A requisição foi feita a partir da Operação Handroanthus, da PF, criada para pesquisar a suposta prática de crimes com o objetivo de dificultar a fiscalização ambiental.

“No que se refere ao Ministro do Meio Ambiente Ricardo de Aquino Sales, tem-se nos autos notícia de fatos que podem configurar práticas delituosas, cuja materialidade e autoria reclamam investigação destinada a produzir elementos e subsídios informativos consistentes, com o objetivo de apurar a veracidade e autoria dos eventos mencionados na notícia de crime”, escreveu a ministra. 

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