João Santana e Mônica Moura assinam acordo de delação com a PGR

O casal foi responsável pelo marketing da campanha de Dilma nas eleições de 2010 e 2014

Postado em: 04-04-2017 às 14h30
Por: Toni Nascimento
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O casal foi responsável pelo marketing da campanha de Dilma nas eleições de 2010 e 2014

O publicitário João Santana e sua mulher, Mônica Moura,
assinaram acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República
(PGR). O anúncio foi feito hoje (4) pelo vice-procurador eleitoral, Nicolao
Dino, durante o início do julgamento da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). O casal foi responsável pelo marketing da campanha de Dilma
nas eleições de 2010 e 2014.

Apesar de estar em sigilo, a informação foi anunciada para
justificar a inclusão de depoimentos do casal de publicitários no processo em
que o PSDB pede a cassação da chapa.

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“Se afigura não menos importante que se inquiram também
o senhor João Santana, a senhora Mônica Moura e o senhor André Santana
[auxiliar do casal]. Digo isso, diante da recentíssima notícia de que as
pessoas agora nominadas celebraram acordo de colaboração premiada com a
Procuradoria-Geral da República, acordo este que se encontra submetido ao
Supremo Tribunal Federal”, disse Dino.

Santana e Mônica Moura foram presos na 23ª fase da Operação
Lava Jato, em fevereiro do ano passado por determinação do juiz federal Sérgio
Moro, mas foram soltos após pagarem fiança de R$ 31,4 milhões e ficarem
proibidos atuar em campanhas eleitorais até uma nova decisão sobre o caso.

Durante as investigações, em depoimento ao juiz, Mônica
Moura, que era responsável pela parte financeira da empresa de marketing do
casal, informou que recebeu US$ 4,5 milhões em uma conta off shore na Suíça.
Segundo Mônica, o repasse era referente a uma dívida por serviços prestados ao
PT durante a campanha da presidenta Dilma Rousseff, em 2010. A empresa do casal
fez o trabalho de marketing político da campanha.

Após o depoimento, o PT declarou que todas as “operações do
partido foram feitas dentro de legalidade”. O partido também ressaltou que as
contas de campanha eleitoral de 2010 foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.

(Agência Brasil) 

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