Vereadora diz que Câmara cogita pedir renúncia de Iris

O assunto foi levantando ontem pela vereadora Sabrina Garcêz, ao avaliar os primeiros 100 dias da administração peemedebista

Postado em: 05-04-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O assunto foi levantando ontem pela vereadora Sabrina Garcêz, ao avaliar os primeiros 100 dias da administração peemedebista

Venceslau Pimentel

O argumento de que há uma paralisia administrativa na prefeitura de Goiânia, diante de dificuldades de resolução de problemas básicos, como os enfrentados nas áreas da Saúde e Educação, por exemplo, faz crescer na Câmara de Vereadores um movimento pela renúncia do prefeito Iris Rezende (PMDB).

O assunto foi levantando durante a sessão de ontem pela vereadora Sabrina Garcêz (PMB), ao avaliar os primeiros 100 dias da administração peemedebista. Da tribuna, ela questionou a postura do prefeito que segundo ela, se encontra praticamente inerte, sem reação diante das demandas da cidade. Sequer “ele vai mais ao encontro do povo”, disse ela, acrescentando que não há mais eficiência na tomada de decisões do peemedebista.

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Garcez, ao tempo que disse respeitar a história de Iris – ele que já foi vereador, deputado estadual, senador, ministro da Agricultura e da Justiça e o governador de Goiás por dois mandatos – disse ter chegado à conclusão que o prefeito não vai mais ao encontro do povo. Os mutirões, que viraram uma marca de suas gestões – ainda não foram realizados na atual administração.

O caos e colapso nos serviços públicos vão acontecer se ele não tomar decisões agora”, sustentou Garcêz, pedindo que ele reflita, inclusive, sobre a sua situação pessoal, sugerindo que ele esteja passando por problemas de saúde. “Se ele perceber que não tem mais essa condição, que renuncie (ao mandato). Já ouvi de dois ou três vereadores sobre o processo de impeachment, e isso muito ruim para a nossa cidade”, disse.

Após o discurso, alguns vereadores se pronunciaram sobre o assunto, fazendo, da mesma forma, alerta a Iris Rezende, sobre o que eles classificam como ingovernabilidade administrativa na prefeitura da capital. Ao sustentar que Sabrina Garcêz falou com contundência sobre uma provável renúncia do prefeito, a vereadora tucano Cristina Lopes classificou como “extremamente preocupante”, a situação da prefeitura. “Eu vejo que há bases concretas para se fazer o processo de impeachment”, frisou.

A defesa do prefeito, que não tem líder na Câmara, foi feita pelo peemedebista Izídio Alves. Ele disse acreditar que Iris está preparando um plano de recuperação da cidade e que vai cumprir todas as promessas de campanha. “É preciso dar tempo ao tempo. Na hora certa, Iris vai dar a volta por cima”, disse.

Derrota

Por não ter ainda indicado um líder para defender os projetos da prefeitura, Iris sofreu ontem mais uma derrota. O veto dele a um projeto de Cristina Lopes, que versa sobre as unidades de saúde públicas e particulares de Goiânia serem obrigadas a digitalizar atestados emitidos por médicos como justificativa para a ausência de trabalhadores do serviço, foi derrubado em plenário, por 25 votos a quatro. 

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