Justiça determina reforço na segurança de juiz da Operação Lava Jato

A decisão é do presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), André Fontes, que está à frente da Operação, no Rio de Janeiro

Postado em: 08-04-2017 às 08h20
Por: Renato
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A decisão é do presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), André Fontes, que está à frente da Operação, no Rio de Janeiro

O presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região
(TRF2), desembargador André Fontes, determinou, nesta sexta-feira (7), o
reforço na segurança do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio
de Janeiro. Este foi o primeiro ato assinado Fontes, que tomou posse na última
quinta-feira (6). A decisão atende a um pedido do magistrado que está à frente
da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

Na segunda-feira (10), Fontes se reunirá, às 17h30, com o
juiz Marcelo Bretas. Ele quer manifestar o apoio institucional da segunda instância
ao trabalho feito pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. As operações
Saqueador, Calicute e Eficiência, fases da Lava Jato, estão sob a
responsabilidade de Bretas.

Na Operação Saqueador, que investiga esquema de desvio de
recursos públicos e lavagem de dinheiro no valor de R$ 370 milhões, os
principais envolvidos são o dono da empresa Delta, Fernando Cavendish, e o
contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos
Cachoeira, por participação em esquema do desvio de dinheiro de obras feitas
pela Delta Construtora.

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Na Operação Calicute, deflagrada no dia 17 de novembro, 16
pessoas foram indiciadas por crimes que incluem corrupção passiva e ativa de
organização criminosa e lavagem de dinheiro na gestão do ex-governador do Rio
de Janeiro Sérgio Cabral. As investigações apuraram que R$ 220 milhões foram
pagos em propinas por grandes empreiteiras para garantir obras públicas.

A ex-primeira-dama do estado Adriana Ancelmo, também
envolvida na Operação Calicute por recebimento de propinas, chegou a ficar
presa na Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, ala feminina da unidade
Bangu 8 do Complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, mas agora
cumpre prisão domiciliar no apartamento da família, no Leblon, zona sul do Rio.
O ex-governador Sérgio Cabral permanece preso na Cadeia Pública Pedrolino
Werling de Oliveira, ala masculina de Bangu 8.

Na Operação Eficiência, um desdobramento da Operação
Calicute, segundo o Ministério Público Federal (MPF), o empresário Eike Batista,
dono do grupo EBX, pagou US$ 16,5 milhões ao ex-governador Cabral. Eike está
preso desde o dia 30 de janeiro na Penitenciária Bandeira Stampa, a unidade
Bangu 9, também no Complexo Penitenciário de Gericinó.

Foto: Reprodução 

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