Governo anuncia R$ 70 mi para Renda Cidadã

Marconi Perillo afirmou que são comuns no Brasil desvios em programas sociais e pediu fiscalização dos gestores

Postado em: 12-04-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Marconi Perillo afirmou que são comuns no Brasil desvios em programas sociais e pediu fiscalização dos gestores

Venceslau Pimentel

O governador Marconi Perillo (PSDB) pediu ontem, aos superintendentes da Secretaria Cidadã que ajam como fiscalizadores do programa Renda Cidadã, para evitar desvios de finalidade e garantir que o benefício chegue a quem realmente necessita de amparo estatal. “Nossa política foi definida pela criação de uma rede de proteção social, que foi se aprimorando ao longo do tempo”, disse ele na abertura do seminário, realizado no Auditório Mauro Borges do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, quando anunciou a liberação de R$ 70 milhões para bancar o programa, que irão beneficiar 70 mil famílias.

“Qual é o principal objetivo nosso e o meu desejo?”, indagou aos presentes ao evento. E respondeu; “Que vocês sejam os nossos olhos e os nossos ouvidos, para que nós, do governo do Estado, possamos fazer justiça social a quem precisa de fato”, pontuou.

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Ao justificar o pedido, Marconi explicou que o fez porque, segundo ele, são comuns no país os desvios em programas sociais, e citou que isso já ocorreu, pelo o que foi noticiado na imprensa, com o Bolsa Família, do governo federal, e o Renda Cidadã. Em muitos casos, segundo ele, pessoas que não se enquadram dentro dos critérios de programas se aproveitam de um benefício governamental, prejudicando quem realmente necessita. “Vocês são, portanto, como nossos representantes, os olhos, os ouvidos, a sensibilidade, o coração, a alma, a consciência, do governo do Estado, em cada uma das cidades que vocês atuam”.

O Renda Cidadã, criado em 1999, passou por reformulação, em 2016, após setes meses de suspensão. Na remodelação, ficou definido que a permanência familiar foi fixado em 24 meses, com eventual prorrogação por igual período. Daí o apelo do governador na fiscalização do programa, para que sejam identificadas as pessoas que efetivamente se enquadram dentro dos critérios estabelecidos e também quem eventualmente está incluído de forma irregular. “Isso é para que realmente possamos atender a quem realmente precisa”, disse.

Ao se reportar à criação do programa, em seu primeiro mandato (1999/2002), Marconi salientou que, no governo que o antecedeu, havia a distribuição de cestas básicas, que ele classificou de “histórico de humilhação”. “Vocês se lembram como era a agonia das famílias pobres para receberem a cesta”, pontuou. “(Pegavam) sol, chuva, humilhação. Tinham que mostrar que eram pobres, tinham que vestir as piores roupas para mostrar que eram pobres para recebe o benefício. Com o cartão (de crédito) isso mudou”, disse.

Titular da Secretaria Cidadã, Lêda Borges disse em seu discurso que o Renda Cidadã não é uma obrigação do governo, mas uma política de Estado. O fato mostra, segundo ela, a íntima relação” que Marconi tem com o povo goiano, por ter sempre priorizado priorizou em seus governos a área social. “A vontade política é a mola mestra das políticas públicas”, assinalou.

A secretária anunciou que, por determinação de Marconi, o Programa Pão e Leite será ampliado. O valor destinado a cada beneficiado passará de R$ 1,20 para R$ 1,50. Os recursos são garantidos diretamente às creches e é superior ao que o governo federal paga hoje por cada aluno beneficiado pela merenda escolar – 0,45 centavos. Segundo ela, a visão que se tem hoje do programa contempla a modernização social e a inovação, marcas dos governos de Marconi Perillo. 

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