Citações contra FHC, Lula e Dilma vão para primeira instância

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou as citações de ex-executivos da Odebrecht aos ex-presidentes

Postado em: 12-04-2017 às 08h00
Por: Renato
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin determinou as citações de ex-executivos da Odebrecht aos ex-presidentes

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin
determinou que as citações de ex-executivos da Odebrecht aos ex-presidentes
Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff sejam
enviadas para a primeira instância da Justiça. O pedido foi feito pela
Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo fato de os acusados não terem mais
foro privilegiado no STF.

De acordo com delação premiada de Emílio Odebrecht, um dos
proprietários da empreiteira, a empresa teria feito o pagamento de “vantagens
indevidas e não contabilizadas” para as campanhas do ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso em 1993 e 1997. Com a decisão do STF, FHC deverá responder às
acusações na Justiça Federal em São Paulo.

As acusações contra o ex-presidente Lula foram enviadas para
a Justiça Federal no Paraná. Nos depoimentos, os colaboradores ligados à
Odebrecht citaram supostas tratativas com Lula para viabilizar politicamente a
edição de uma medida provisória para evitar a intervenção do Ministério Público
nos acordos de leniência assinados com empresas na Lava Jato. 

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Um pedido de influência de Lula para que a Odebrecht
conseguisse fechar negócios com o governo angolano e reformas em um sítio em
Atibaia (SP), além do pagamento de palestras em troca de favorecimento da empresa
também constam nos depoimentos.

No caso da ex-presidenta Dilma, foram citados supostos
pagamentos de caixa dois para a campanha eleitoral. As acusações foram enviadas
para a Justiça Federal em São Paulo.

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse que só vai se
manifestar após ter acesso à decisão do ministro. Por meio de sua assessoria,
Lula disse que as acusações dos delatores são falsas e que sempre agiu dentro
da lei. Os advogados da campanha de Dilma sustentam que todas as doações foram
registradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. (Agência Brasil) 

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