Coluna Xadrez: Base enxerga risco, mas confia na aprovação da PEC

Rubens Salomão O governo percebe que existe risco real de que a PEC que estabelece teto de gastos públicos em Goiás pelos

Postado em: 12-04-2017 às 06h00
Por: Renato
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Rubens Salomão

O governo percebe que existe risco real de que a PEC
que estabelece teto de gastos públicos em Goiás pelos próximos 10 anos seja
rejeitada em votação no plenário da Assembleia Legislativa. A proposta precisa,
necessariamente, de 25 votos favoráveis para ser enviada à sanção do governador
Marconi Perillo (PSDB). Dos 41 deputados estaduais, a tendência é de que os 11
da oposição votem em bloco contra o texto. Sendo assim, basta que cinco
deputados governistas se ausentem da votação para que a PEC seja derrubada, já
que o presidente não vota. “Óbvio que um ou outro deputado ainda precisa ter
uma conversa e expor algumas dificuldades que têm ao governador. No geral,
senti a reunião com o governador na segunda-feira foi importante para o
convencimento sobre as dificuldades pelas quais o estado ainda passa”, afirma o
presidente da Casa, José Vitti (PSDB). “Precisa de um quórum bastante qualificado
e se cinco deputados se furtarem de votar nós não conseguiríamos aprovar. Mas
eu não acredito que isso irá acontecer”, avalia Vitti.

Vontade própria

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O relator da PEC, Gustavo Sebba (PSDB), deve
apresentar o relatório nesta manhã, em reunião extraordinária da CCJ. Ontem
ainda analisava sugestões de deputados independente da negociação de servidores
com o governo.

Ameaça

Depois do indicativo de greve em fevereiro, os
militares negociaram exceção à categoria na PEC. “Tivemos acordo no governo,
mas fomos traídos. A greve pode ser votada”, diz o vereador Cabo Sena (PRP), da
União dos Militares de Goiás (Unimil).

Feitiço contra o feiticeiro

Ainda no fim de 2016, o líder da oposição na
Assembleia Legislativa, deputado José Nelto (PMDB) fez uma previsão. Disse que
a Operação Lava Jato estaria cada vez mais se aproximando de políticos do
estado de Goiás. O parlamentar acertou a flecha, mas errou o alvo. Na tribuna
da Assembleia, o peemedebista apontou que o governador Marconi Perillo (PSDB)
seria o alvo principal do trabalho da Polícia Federal, que divulgava na época o
início da série de ações que desbarataram esquema profundo de corrupção no
governo do Rio de Janeiro. O resultado veio ontem, com a lista de 83 inquéritos
abertos pelo relator da Operação no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro
Edson Fachin. Dos 108 investigados, dois são goianos: o presidente regional do
PMDB e então pré-candidato ao governo, deputado federal Daniel Vilela; e o pai
dele, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB). Detalhe: o
presidente Michel Temer (PMDB) é citado nos inquéritos, mas a PGR não o inclui
entre os investigados devido à “imunidade temporária”.Ele não pode ser
investigado por crimes que não decorrem do exercício do mandato.

Nota oficial

As campanhas de Maguito Vilela, em 2012, e de Daniel
Vilela, em 2014, foram feitas inteiramente com recursos contabilizados conforme
determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aprovadas pela Justiça
Eleitoral, segundo nota conjunta dos Vilela.

Quem?

Maguito e Daniel afirmam que nunca estiveram com os
delatores, nunca falaram com eles e sequer os conhecem. Ambos refutam qualquer
acusação. Informam ainda que estão tranquilos e convictos de que a ação será
arquivada.

Dois lados

Deputados da base aliada dizem nos bastidores que a
reunião com o governador serviu para confirmar a certeza da necessidade técnica
da PEC dos gastos, mas também reafirmou a incerteza política sobre desgastes e consequências
para 2018.

CPI dos Shows

Humberto Aidar (PT) teve 15 assinaturas para CPI que
investigará a Goiás Turismo e contratação de shows. Além da oposição, assinaram
os governistas Diego Sorgatto e Lissauer Vieira (PSB), Claudio Meirelles (PR) e
Marquinho Palmerston (PSDB).

Tentativa

Começou ontem movimento de greve dos servidores da
rede municipal de Educação. O Sindicato dos Servidores da Educação de Goiânia
(Simsed) alega que 100 unidades aderiram, mas ontem mesmo a mobilização buscava
convencer professores a parar.

Categoria dividida

A paralisação foi decidida em Assembleia Geral na
última quinta-feira (6), mas não teve mobilização do Sintego. De lá para cá,
várias escolas fizeram deliberações internas e decidiram manter o
funcionamento.

Abril verde

A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em
Goiás lançou a campanha ‘Abril Verde’, para conscientizar sobre a prevenção de acidentes
e doenças do trabalho com o tema ‘Conhecer para Prevenir’.

Humanização

O trio sertanejo “As Moreninhas” se apresenta hoje
às 17 horasno HGG. O evento gratuito faz parte das ações de “humanização”
promovidas pelo hospital. 

Foto: Carlos
Costa  

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