Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Jucá diz que investigações não vão paralisar o Congresso

“A única forma de transformar a calúnia em verdade ou mentira é investigar" afirmou Jucá

Postado em: 12-04-2017 às 13h50
Por: Toni Nascimento
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“A única forma de transformar a calúnia em verdade ou mentira é investigar" afirmou Jucá

O líder do governo e presidente nacional do PMDB, senador
Romero Jucá (RR), afirmou hoje (12) após participar de cerimônia no Palácio do
Planalto, que criou-se uma acusação geral contra a classe política.

“A única forma de transformar a calúnia em verdade ou
mentira é investigar. Eu defendo a investigação rápida”, disse Jucá,
referindo-se à abertura de inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato para
investigar políticos com foro privilegiado. Jucá está entre os políticos que
vão ser investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por determinação do
ministro Edson Fachin, com base em delações premiadas de ex-executivos da
Odebrecht.

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O senador acrescentou que a divulgação da lista de
investigados não vai paralisar o Congresso Nacional ou o governo. “O caminho da
Lava Jato é um caminho inexorável, legítimo, que corre no ritmo dela, mas é um
processo judicial. O governo e o Congresso têm que funcionar independente
disso. O eixo do governo e do Congresso não pode ser a Lava Jato. Tem que ser a
recuperação do país”, disse.

Jucá acrescentou que mantém o cronograma de aprovação de
reformas consideradas importantes pelo governo, como a da Previdência e a
trabalhista. Ele disse que é preciso aprovar a reforma da Previdência até o
meio deste ano para que a economia possa reagir.

Doações de campanha

Para Jucá, o que está em discussão é o modelo político atual
de financiamento de campanhas eleitorais. “Um modelo que empresas doavam,
movidas por diversos interesses. Você não perguntava se esse dinheiro é do
lucro líquido legal da empresa ou de uma obra superfaturada”, disse.

Sobre os membros do PMDB incluídos na lista, Jucá disse que
o partido responderá “com toda a tranquilidade”.” Volto a dizer
eu defendo a Lava Jato. A Lava Jato mudou o paradigma da política brasileira.
Vínhamos em campanhas políticas em uma escalada de gastos que era algo que não
tinha fim. Cada campanha era mais cara que a outra”, disse.

Jucá acrescentou que nunca recebeu nenhuma doação de empresa
diretamente na conta de campanhas. As doações, segundo ele, eram direcionadas
ao partido. O senador acrescentou que tinha esse “cuidado” porque é relator de
matérias no Congresso que poderiam beneficiar alguma empresa.

“Eu poderia estar relatando, sem saber, uma matéria que
pudesse beneficiar algum setor. Isso daria condição de dizer que aprovou ou
rejeitou por conta de interesse de empresa”, disse.

(Agência Brasil) 

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