PF negocia inclusão de servidor que denunciou Covaxin no programa de proteção a testemunhas

Denúncia de irregularidades no contrato levou crise para dentro do Palácio do Planalto na última semana.

Postado em: 29-06-2021 às 15h38
Por: Luan Monteiro
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Denúncia de irregularidades no contrato levou crise para dentro do Palácio do Planalto na última semana | Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF), negocia a inclusão do servidor do Ministério da Saúde, Luís Ricardo Fernandes, no programa de proteção a testemunhas. Luís Ricardo denunciou a existência de supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin. A informação foi confirmada pela Folha de S.Paulo.

Na última semana, Luís Ricardo e seu irmão, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), prestaram depoimento a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), da Pandemia e, segundo eles, teriam informado o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), sobre o esquema em torno dos contratos.

“Eles entraram em contato e já foram buscá-lo. Meu irmão já está a caminho da PF. E vai decidir se quer ou não entrar no programa, que pode até incluir a mudança do nome dele, pelo que sabemos”, disse o deputado. “A mesma PF já investiga o caso [de suposto esquema na compra da Covaxin], e sabe que meu irmão é testemunha inclusive deles”, segue Miranda.

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Luís Miranda também diz que seu irmão está traumatizado e que tem medo de sair de casa. “Ele me pediu garantia de segurança. Provavelmente vai aceitar entrar no programa. Já era um desejo dele”, completa.

As supostas irregularidades em torno da compra da vacina Covaxin foi revelada pela no último dia 18 de junho, com a divulgação do depoimento sigiloso de Luis Ricardo ao Ministério Público Federal, que relatou pressão “atípica” para liberar a importação da Covaxin.

A crise chegou ao Palácio do Planalto após o deputado Luís Miranda relatar que Bolsonaro havia sido alertado por eles em março sobre as irregularidades. Segundo o deputado, Bolsonaro teria dito que iria acionar a PF para investigar as irregularidades.

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