Petistas e bolsonaristas traçam estratégias para eleições 2022 em Goiás

Intenção é de preparar palanques competitivos para Lula e Bolsonaro no estado

Postado em: 09-07-2021 às 08h45
Por: Samuel Straioto
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Intenção é de preparar palanques competitivos para Lula e Bolsonaro no estado | Foto: Reprodução

A eleição de 2022 tende a ser bastante polarizada. De um lado o atual presidente, Jair Bolsonaro, hoje sem partido e que tende a se filiar ao Patriota ou outra legenda Direita. Bolsonaro tentará a permanência no poder por mais quatro ano. Do outro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é pré-candidato pelo Partido dos Trabalhadores. As articulações nacionais já tem refletido em Goiás, estratégias visando candidatura ao Governo de Goiás, e também para outros cargos vai depender do desenho da política nacional.

O deputado federal Rubens Otoni afirmou que a prioridade do Partido dos Trabalhadores em Goiás é a eleição para presidente da República e a preparação de palanque para Lula em Goiás, fazendo frente a Jair Bolsonaro. Rubens Otoni avalia que o PT lançará candidato a governador somente se não houver viabilidade de aliança que esteja relacionada com o projeto nacional do partido, dando condições para que Lula tenha competitividade em Goiás.

“O importante é termos um palanque forte para apoiar o presidente Lula em Goiás, a prioridade dessa eleição, é mudar essa situação no país, estamos vivendo uma verdadeira tragédia. O PT está aberto desde que tenha palanque para o Lula. Em 2018 e 2014, o PT lançou candidato a governador porque não havia nenhum candidato disposto a apoiar o projeto nacional. Se tiver condição estamos dispostos a conversar”, afirmou Rubens Otoni.

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De acordo com Rubens Otoni, o partido tem condições de lançar candidato ao governo estadual. Em 2014 o candidato foi o atual deputado estadual, Antônio Gomide e em 2018 a presidente estadual do PT, Kátia Maria. “O PT não tem dificuldade nenhuma pra lançar candidato a governador. Lançamos nas duas últimas eleições e participamos bem, nós estamos com todas as condições. Agora, nossa prioridade é a eleição para presidente da República”, destacou o petista.

Em um ambiente de denúncias e acusações contra o presidente Bolsonaro, provocado pela CPI da Covid-19 no Senado, o deputado Major Vitor Hugo (PSL) avalia que os resultados da comissão não vão atrapalhar a estratégia da Direita. Ele destacou que não há nenhum tipo de crime e classificou o trabalho como uma “palhaçada”. “Acho que não vai impactar em nada, o presidente não está incurso em nenhum tipo de crime, a CPI é uma verdadeira palhaçada, um circo, desmoralizada já judicialmente por causa da composição da presidência e da relatoria e as questões que o Luís Miranda relatou precisam ser apuradas e os culpados punidos”, declarou.

Vitor Hugo é cotado por Bolsonaristas em Goiás para uma candidatura ao governo estadual. Ele afirmou que ainda é cedo para uma discussão sobre o assunto e que a escolha pode ser de outro nome, não necessariamente o dele. Vitor Hugo deve se filiar no mesmo partido do presidente Bolsonaro. “Acho que é cedo para falar, acho que temos que caminhar até outubro que é a linha de corte que estou traçando, temos que verificar se há viabilidade de uma candidatura independente do meu nome, e ainda há espaço no Senado, para a bancada de deputados federais.  Eu vou para o partido que o presidente for, já está 99,9% de eu segui-lo. Sim, mas é uma decisão que precisar tomar mais à frente, depois que o presidente defini.  O prazo é o prazo do presidente, tem que esperar”, afirmou.

Quanto a um apoio ao governador Ronaldo Caiado, tudo vai depender se pintará uma dobradinha, ou seja, primeiro um apoio de Caiado a Bolsonaro. “A nossa intenção é de realmente identificar na população se existe um sentimento de que a Direita deve ter um posicionamento em Goiás, a gente sabe que o Brasil está polarizado, a gente não sabe, por exemplo, qual a atitude do DEM daqui pra frente. Vi uma nota dizendo que o DEM vai lançar em setembro o Mandetta como pré-candidato, como isso vai se refletir no estado de Goiás? O governador vai estar com o presidente Bolsonaro desde o 1º turno? Ou a Direita vai sentir a necessidade de uma representação mais alinhada com o presidente desde o início, porque a luta contra a Esquerda vai continuar de uma maneira mais ferrenha ainda. Acho que é um primeiro passo para verificar se há viabilidade para algo mais independente aqui do Estado”, completou o deputado bolsonarista.

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