Em analogia confusa, Bolsonaro mente ao dizer que houve fraudes nas eleições de 2014
Durante encontro com apoiadores na manhã desta sexta-feira (09/07), o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), voltou a atacar o processo eleitoral ao
Por: Luan Monteiro
Durante encontro com apoiadores na manhã desta sexta-feira (09/07), o presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), voltou a atacar o processo eleitoral ao dizer que houve fraude no segundo turno de 2014, mas sem apresentar evidências. O vídeo foi compartilhado pelo jornal Metrópoles.
“E minuto a minuto, no segundo turno, Aécio Neves, começou o Aécio Neves lá em cima e a Dilma lá embaixo. Com o tempo, essas curvas foram se cruzando até que se estabilizaram na horizontal com a Dilma na frente”, explicou o presidente a apoiadores.
“Depois que as curvas se tocaram, ou momentos antes das curvas se tocarem, era Dilma ganhou, Aécio ganhou, Dilma ganhou, Aécio ganhou. Por 271 (mil) vezes. É você jogar uma moeda 217 (mil) vezes para cima e dar cara, coroa, cara, coroa, cara, coroa.”, disse o presidente.
Segundo dados públicos do TSE, no segundo turno do pleito de 2014, Aécio manteve a dianteira na corrida presencial até as 19:32, onde foi ultrapassado por Dilma, que manteu o resultado até o fim da apuração e foi reeleita a presidência.
Na última quinta-feira (08), o PSDB, partido de Aécio, fez uma manifestação no Twitter dizendo que não houve fraude no pleito. “O PSDB considera as eleições de 2014 limpas e confia nas urnas eletrônicas. Estará sempre na defesa da democracia.”, diz a publicação.
“Voto auditável”
Bolsonaro é um apoiador ferrenho do voto impresso e, segundo ele, se não houver uma forma de realizar a votação dessa forma “não teremos eleição”. Entretanto, é necessário lembrar que tanto Bolsonaro quanto seus filhos foram eleitos por diversos mandatos utilizando o sistema atual.
Desde a adoção da urna eletrônica no Brasil, em 1996, nunca houve comprovação de fraudes em eleições. Essa constatação foi feita por auditorias realizadas pelo TSE, investigações do Ministério Público Eleitoral (MPE) e por estudos independentes.
Além disso, as urnas eletrônicas são auditáveis e o processo é feito durante a própria votação. O processo é chamado Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas (ou “votação paralela”). Na véspera da votação, juízes eleitorais de cada Tribunal Regional Eleitoral (TRE) fazem sorteios de urnas já instaladas nos locais de votação para serem retiradas e participarem da auditoria.
