Gustavo Mendanha enfrenta primeiro desgaste político

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (PMDB), há quatro meses no comando do poder Executivo, enfrenta o primeiro desgaste político,

Postado em: 04-05-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Gustavo Mendanha enfrenta primeiro desgaste político

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (PMDB), há quatro meses no comando do poder Executivo, enfrenta o primeiro desgaste político, com o movimento grevista dos servidores municipais da Saúde. Ontem (03), os servidores fizeram uma paralisação até às 13h no Centro de Atenção Integrada à Saúde (Cais) do setor Jardim Nova Era. Entre as principais reivindicações estão o pagamento da data-base e plano de carreira.

De acordo com a presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde de Goiás (Sindsaúde), Flaviana Alves Barbosa, os servidores também já agendaram uma assembleia geral com indicativo de greve para o dia 9 de maio. Segundo ela, ano passado, na campanha de Gustavo Mendanha, o então prefeito Maguito Vilela, articulando para eleger seu pupilo, afirmou que no início de 2017 Gustavo iria atender a essas reivindicações.

“Contudo, desde janeiro, tentamos conversar com o prefeito e ele ainda não resolveu o que fazer”, afirma. Segundo Flaviana, Mendanha recebeu os servidores em apenas uma reunião no mês de março. “Ele nos pediu 15 dias para resolver essa demanda e, de lá pra cá, não aconteceu nada. Não podemos mais esperar”, explica.

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Por enquanto, Mendanha enfrenta paralisações pontuais e de alerta. Mas, conforme Flaviana, tudo caminha para uma greve se a prefeitura não se abrir para o diálogo. “O objetivo é pressionar para que a prefeitura cumpra direitos previstos no Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos (PCCV) aprovado em 2014. Reivindicamos também o pagamento de gratificações (que podem chegar a R$ 2.400) e progressão de carreira”, ressalta. 

Os trabalhadores cobram ainda melhores condições de trabalho, concurso público para reduzir a sobrecarga de trabalho, inclusão dos servidores administrativos da Saúde no Plano de Carreiras, mais segurança nas unidades de saúde e o pagamento da data-base.

Outra paralisação já está marcada para amanhã (5) em frente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do setor Buriti Sereno, às 8h. O Sindicato garante que enfermeiros e técnicos em enfermagem já adiantaram que, no dia 13 de maio, não participarão do Dia D da Campanha de Vacinação contra a Influenza.

Procurada pela reportagem de O Hoje, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aparecida de Goiânia informou que a manifestação dos profissionais de saúde na manhã de ontem (03) “foi pacífica e ordeira”. O órgão destacou também que a Guarda Municipal está dando suporte e os serviços essenciais estão funcionando normalmente (urgência e emergência) conforme regulamenta a legislação. 

A SMS garante que o secretário de Saúde, Edgar Tolini, está negociando com o secretário de Fazenda, André Luis Rosa, os impactos das reivindicações referentes ao plano de cargos e salários e busca um acordo junto aos profissionais. O órgão esclareceu ainda que está em “constante diálogo com as categorias para atender as demandas”.

A secretaria ressaltou também que as paralisações não é desgaste para a atual gestão, “que compreende e apoia movimentos pacíficos que contribuem para a melhoria da Saúde pública”. Gustavo Mendanha tem mantido diálogo com o sindicato e pretende atender as demandas da categoria, conforme a SMS. Segundo o Sindsaúde, isso não é verdade e não está havendo diálogo. (Renan Castro) 

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