Câmara cobra diálogo entre Paço e professores em greve
Vereadores querem que Prefeito e Secretário de Educação, dialoguem com professores municipais, que estão em greve desde o dia 11 de abril
Por: Sheyla Sousa
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Renan Castro
Vereadores de Goiânia querem que o Prefeito Iris Rezende e o Secretário de Educação, Marcelo Costa, comecem a dialogar com os professores da rede municipal de ensino, que estão em greve desde o último dia 11 de abril e reivindicam valorização profissional e melhorias nas escolas.
Por iniciativa do vereador Jorge Kajuru (PRP), uma audiência pública com os professores foi realizada na sessão de ontem (04). Vários servidores ocuparam as galerias da Casa e protestaram contra a atual política do Paço para o segmento e condenaram a ação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na desocupação da Secretaria Municipal de Educação (SMS) ocorrida no dia 26 do mês passado.
Ficou acertado que um documento assinado pelos vereadores será enviado ao Paço com as reivindicações dos professores.
Para a vereadora Sabrina Garcês (PMB), as reivindicações dos servidores devem ser atendidas. “Os professores estão em greve por que as condições de trabalho estão péssimas. O piso e a data base não estão sendo pagos e as crianças estão sem merenda”, justificou. “Acredito, antes de tudo, na força do diálogo e defendo o direito dos servidores de entrar em greve. O Paço fechou o diálogo e não deixou outra alternativa para os trabalhadores da educação que não fosse a greve”, completou a parlamentar.
A vereadora Priscilla Tejota (PSD) destaca que “nem sempre é possível atender todas as demandas de imediato dos servidores, mas é preciso ouvi-los”.
Durante a sessão, vários vereadores condenaram a repressão aos professores e exigiram abertura de negociação entre o Paço e a categoria. “A negociação terá de ser por meio do Simsed”, lembraram Elias Vaz, Tatiana Lemos, Jorge Kajuru e Cristina Lopes. Zander Fábio afirmou que Iris tem que enviar à Câmara o projeto sobre a data-base dos professores, por se tratar “de um direito inalienável da categoria”.
Ao fazer uso da palavra na tribuna da Câmara, a professora Samira Cristi afirmou que os professores não querem intermediação do Sintego. “Não aceitamos que eles conversem com um sindicato pelego, que é o Sintego, que há dez anos não nos representa em sua totalidade. Quem nos representa é o Sindicato dos Servidores da Educação (Simsed)”, enfatizou.
Samira disse que, até hoje, “nenhuma das 32 promessas de Iris foi cumprida”. “Nada foi investido em infraestrutura. Merenda escolar é um escândalo, há insegurança nas escolas e ainda nada sobre nossa reposição salarial.
A prefeitura foi procurada pela reportagem de O Hoje, mas não se pronunciou até o fechamento desta edição.