Câmara cobra diálogo entre Paço e professores em greve

Vereadores querem que Prefeito e Secretário de Educação, dialoguem com professores municipais, que estão em greve desde o dia 11 de abril

Postado em: 05-05-2017 às 09h20
Por: Sheyla Sousa
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Vereadores querem que Prefeito e Secretário de Educação, dialoguem com professores municipais, que estão em greve desde o dia 11 de abril

Renan Castro 

Vereadores de Goiânia querem que o Prefeito Iris Rezende e o Secretário de Educação, Marcelo Costa, comecem a dialogar com os professores da rede municipal de ensino, que estão em greve desde o último dia 11 de abril e reivindicam valorização profissional e melhorias nas escolas. 

Por iniciativa do vereador Jorge Kajuru (PRP), uma audiência pública com os professores foi realizada na sessão de ontem (04). Vários servidores ocuparam as galerias da Casa e protestaram contra a atual política do Paço para o segmento e condenaram a ação da Guarda Civil Metropolitana (GCM) na desocupação da Secretaria Municipal de Educação (SMS) ocorrida no dia 26 do mês passado.

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Ficou acertado que um documento assinado pelos vereadores será enviado ao Paço com as reivindicações dos professores.

Para a vereadora Sabrina Garcês (PMB), as reivindicações dos servidores devem ser atendidas. “Os professores estão em greve por que as condições de trabalho estão péssimas. O piso e a data base não estão sendo pagos e as crianças estão sem merenda”, justificou. “Acredito, antes de tudo, na força do diálogo e defendo o direito dos servidores de entrar em greve. O Paço fechou o diálogo e não deixou outra alternativa para os trabalhadores da educação que não fosse a greve”, completou a parlamentar.

A vereadora Priscilla Tejota (PSD) destaca que “nem sempre é possível atender todas as demandas de imediato dos servidores, mas é preciso ouvi-los”. 

Durante a sessão, vários vereadores condenaram a repressão aos professores e exigiram abertura de negociação entre o Paço e a categoria. “A negociação terá de ser por meio do Simsed”, lembraram Elias Vaz, Tatiana Lemos, Jorge Kajuru e Cristina Lopes.  Zander Fábio afirmou que Iris tem que enviar à Câmara o projeto sobre a data-base dos professores, por se tratar “de um direito inalienável da categoria”.

Ao fazer uso da palavra na tribuna da Câmara, a professora Samira Cristi afirmou que os professores não querem intermediação do Sintego. “Não aceitamos que eles conversem com um sindicato pelego, que é o Sintego, que há dez anos não nos representa em sua totalidade. Quem nos representa é o Sindicato dos Servidores da Educação (Simsed)”, enfatizou. 

Samira disse que, até hoje, “nenhuma das 32 promessas de Iris foi cumprida”. “Nada foi investido em infraestrutura. Merenda escolar é um escândalo, há insegurança nas escolas e ainda nada sobre nossa reposição salarial.  

A prefeitura foi procurada pela reportagem de O Hoje, mas não se pronunciou até o fechamento desta edição. 

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