Reverendo suspeito de negociar vacinas será 1º ouvido em retorno da CPI

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado retornou na manhã desta terça-feira (03/08) as sessões após uma pausa de duas semanas

Postado em: 03-08-2021 às 10h06
Por: Nielton Soares
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Para os senadores da comissão, Amilton Gomes é peça-chave para entender sobre as tratativas envolvendo 400 milhões de vacinas da AstraZeneca | Foto: reprodução

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado retornou na manhã desta terça-feira (03/08) as sessões após uma pausa de duas semanas em função do recesso parlamentar. O foco será nas supostas negociações de vacinas contra a Covid-19.

Nesta primeira reunião do colegiado, está programada a oitiva do reverendo Amilton Gomes de Paula, fundador de uma entidade privada chamada Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), que teria negociado imunizantes em nome do Governo Federal.

Para senadores da oposição, o religioso é peça-chave para entender como o governo negociou a aquisição das vacinas por meio de intermediários. Nesse caso, há indícios que Amilton negociava a venda de 400 milhões de doses da AstraZeneca.

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A suposta exagerada oferta ocorreu em meio a uma escassez mundial de vacinas contra a doença. Desde o início, a própria farmacêutica informou que a venda do imunizante se daria somente por meio de contratos diretos, ou seja, sem intermediários.

Intermediara

Com sede em Águas Claras (DF), a Senah – organização evangélica fundada em 1999 – é uma fundação que desenvolveu projetos de ação sociocultural no Distrito Federal e em cidades do entorno. E nos últimos anos, sem explicações, é suspeita de ganhar autonomia do governo para negociar a aquisição de vacinas.

Uma reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, mostra um vídeo em que o então diretor de Imunização do Ministério da Saúde Lauricio Monteiro Cruz dá aval para que o reverendo e a entidade dele negociassem a vacina da AstraZeneca em nome do governo com a empresa americana Davati Medical Supply.

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