“Estou empenhada em ajudar a construir uma ‘terceira via'”, afirma Marina Silva

A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), concedeu entrevista ao jornalista Marcelo de Moraes, do jornal Estadão

Postado em: 15-08-2021 às 16h00
Por: Augusto Sobrinho
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A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), concedeu entrevista ao jornalista Marcelo de Moraes, do jornal Estadão | Foto: Marcos Michael/VEJA

A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), disse, nesta sexta-feira (13/08), em entrevista ao Estadão, que é preciso construir uma terceira via à polarização nas eleições de 2022. O jornalista Marcelo de Moraes, do jornal O Estado de S. Paulo, ainda questionou sobre uma possível candidatura à presidência, sobre o quadro político brasileiro e pediu uma avaliação da atual gestão do executivo, sob comando de Jair Messias Bolsonaro (Sem partido).

“Estou empenhada em ajudar a construir e viabilizar um projeto que coloque em primeiro lugar o que nós queremos para o Brasil, em lugar da priorização do nome de pessoas. Porque esse é um erro histórico que vem sendo cometido. Infelizmente, após tantos anos no poder de PT e PSDB, a semente que brotou foi o Bolsonaro. […] Se esse processo se repetir [2022], ele aprofundará esse prejuízo para o processo de reconstrução do País nesse momento tão difícil”, disse.

Marina destacou que, inicialmente, é necessário dar atenção às questões desigualdade, desemprego, fome e mudanças climáticas. “São mais de 14 milhões de desempregados e mais de 19 milhões passando fome no país. […] Todos esses debates precisam estar colocados e, depois, a gente verifica qual é o melhor nome”, afirmou ao Estadão. Ela ainda reforçou que precisamos fortalecer a defesa das instituições e a democracia brasileira.

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“Você tem um presidente da República, que em plena pandemia, com essas condições todas que a gente tem, se ocupa o tempo todo em atacar o Supremo, atacar as instituições democráticas, agredir os jornalistas, promover aglomerações, desqualificar o trabalho de governadores, e ficar sendo garoto-propaganda de remédio que em vez de ajudar pode agravar os problemas de saúde do País”, falou a ex-senadora após duras críticas ao governo Bolsonaro.

Por fim, questionada sobre os apoios que ela poderá dar durante as eleições no ano que vem, Marina deixou claro que não apoiará Bolsonaro devido ele ser uma “ameaça” à democracia. Ela reforçou que nosso regime democrático possibilita escolhas, por isso, está trabalhando na construção da “terceira via”. Matéria elaborada com base em entrevista exclusiva ao jornal Estadão, ao caderno de Política, em 13 de agosto de 2021.

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