Justiça liberta ex-governador do DF Agnelo Queiroz, suspeito de fraudes na Copa

Agnelo Queiroz é suspeito de participar de esquemas de superfaturamento em diversas obras no DF

Postado em: 31-05-2017 às 11h00
Por: Renato
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Agnelo Queiroz é suspeito de participar de esquemas de superfaturamento em diversas obras no DF

O desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal
da 1ª Região, decidiu hoje (31) libertar o ex-governador do Distrito Federal
(DF) Agnelo Queiroz, que foi preso temporariamente na semana passada durante a
Operação Panatenaico, da Polícia Federal.

Agnelo é suspeito de participar de esquemas de
superfaturamento em diversas obras no DF, incluindo a reconstrução do
Estádio Mané Garrincha para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, cujas fraudes
teriam acarretado prejuízo de R$ 1,3 bilhão aos cofres públicos.

Segundo o advogado do político, Paulo Guimarães, o
ex-governador já deixou a carceragem da PF e está em casa. Ele deve se
pronunciar sobre o caso ainda nesta quarta-feira. Guimarães confirmou que a
decisão beneficiou também o empresário Fernando Queiroz, proprietário da
Via Engenharia, e Nilson Martoreli, ex-presidente da Novacap, estatal de obras
do DF.

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O desembargador Néviton Guedes acatou o argumento da defesa
de que a prisão temporária de cinco dias, prorrogáveis por mais cindo, que
havia sido autorizada pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara
Federal do Distrito Federal, deveria durar somente enquanto a PF cumpria
diligências para coleta de provas, já realizadas. 

Outro ex-governador do DF, José Roberto Arruda, e o
ex-vice-governador Tadeu Filippelli continuam presos, bem como Jorge Luiz
Salomão, Sérgio Lúcio Silva de Andrade e Afrânio Roberto de Souza Filho,
apontados como intermediários no pagamento de propinas. O ex-secretário da Copa
do DF Francisco Cláudio Monteiro também permanece preso.

Todos teriam participado de esquemas de desvios de recursos
de obras no DF, detalhados em delações premiadas de executivos da empreiteira
Andrade Gutierrez, que integrava o consórcio de reconstrução do Mané Garrincha,
junto com a Via Engenharia.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 155 milhões de
reais dos envolvidos, suspeitos também de fraudar licitações para a construção
do BRT Sul de Brasília e de obras no entorno do estádio. (Agência Brasil) 

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