Bolsonaro repete ameaças e diz que 7 de Setembro será ultimato a ministros do STF

As declarações foram dadas nesta sexta-feira (3) na cidade de Tanhaçu, na Bahia.

Postado em: 03-09-2021 às 14h02
Por: Luan Monteiro
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As declarações foram dadas nesta sexta-feira (3) na cidade de Tanhaçu, na Bahia | Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido), voltou a fazer ameaças contra as instituições democráticas durante evento na Bahia, realizado nesta sexta-feira (03/09). O mandatário afirmou que as manifestações do próximo dia 7 de Setembro servirão como um ultimato a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Sem citar nomes, Bolsonaro disse que não faz críticas a instituições ou Poderes, mas sim a pessoas.

“Nós não criticamos instituições ou Poderes. Somos pontuais. Não podemos admitir que uma ou duas pessoas que usando da força do poder queiram dar novo rumo ao nosso país”, disse.

“Essas uma ou duas pessoas tem que entender o seu lugar. E o recado de vocês, povo brasileiro, nas ruas, na próxima terça-feira, dia 7, será um ultimato para essas duas pessoas”, continuou.

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“Curvem-se à Constituição, respeitem a nossa liberdade, entendam que vocês dois estão no caminho errado porque sempre dá tempo para se redimir”.

Por fim, o presidente voltou a tratar os atos favoráveis ao seu governo como um ultimato aos ministros do Supremo. “Após o 7 de setembro o que ficará para todos nós com essa demonstração gigante de patriotismo visto em todos os quatro cantos no nosso Brasil, eu duvido que aqueles um ou dois que ousam nos desafiar, desafiar a Constituição, desrespeitar o povo brasileiro saberá voltar para o seu lugar. Quem dá esse ultimato não sou eu, é o povo brasileiro”.

Novamente, as ameaças ocorrem as vésperas dos protestos pró governo e com caráter antidemocrático marcados para o 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília e na Avenida Paulista, em São Paulo. Bolsonaro prometeu comparecer e discursar nos dois atos.

Sobre os protestos, o presidente afirmou que busca uma foto ao lado de milhares de apoiadores para ganhar fôlego durante uma crise institucional, provocada por ele, além da crise sanitária, econômica e social.

Com as crises, Bolsonaro perdeu apoio das classes políticas e empresariais, bases de seu governo. O presidente também observou sua popularidade cair e a de seu provável adversário nas eleições de 2022, o ex-presidente Lula (PT), subir.

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