Nova fase da Lava Jato investiga fraudes na merenda escolar no Rio
Polícia Federal cumpre um mandado de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão na manhã desta quinta-feira
Por: Renato
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A Polícia Federal realiza na manhã de hoje (1) mais uma fase
da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, denominada de Ratatouille com a
finalidade de desarticular um esquema criminoso de desvio de recursos
destinados ao fornecimento de merenda escolar e alimentação de detentos nos
presídios no estado do Rio de Janeiro, tendo como contrapartida o pagamento de
propina a autoridades públicas.
A operação é feita em conjunto com o Ministério Público
Federal e a Receita Federal. O objetivo da ação são as empresas Mazan e Milano,
que pertencem ao mesmo grupo familiar. Elas forneciam também alimentação para
hospitais públicos do estado e para o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) durante
os Jogos Olímpicos do ano passado. Nos últimos dez anos, as duas empresas
tiveram contratos superiores a R$ 700 milhões com o governo do Rio de Janeiro.
Os policiais federais cumprem um mandado de prisão
preventiva e nove mandados de busca e apreensão, expedidos pelo juiz Marcelo
Bretas, 7ª Vara Federal Criminal do Rio, nos bairros da Barra da Tijuca, do
centro da cidade, em Ipanema e no Leblon, no município do Rio, e nas cidades
de de Mangaratiba e Duque de Caxias.
As investigações, iniciadas há seis meses, indicam o
pagamento de pelo menos R$ 12,5 milhões em vantagens indevidas a autoridades
públicas por um empresário do ramo de alimentação que mantinha contratos com o
governo do Estado do Rio.
De acordo com a PF, “o nome da operação remete a um prato
típico da culinária francesa, em referência a um jantar em restaurante de alto
padrão em Paris, no qual estavam presentes diversas autoridades públicas e
empresários que possuíam negócios com o estado”. (Agência Brasil)