Quinta-feira, 28 de março de 2024

Sem o MDB, PT busca legendas para palanque de Lula em Goiás

Confirmação da aliança entre DEM e MDB atrapalha movimento petista que busca espaço em Goiás para candidatura do ex-presidente

Postado em: 18-09-2021 às 08h53
Por: Raphael Bezerra
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Confirmação da aliança entre DEM e MDB atrapalha movimento petista que busca espaço em Goiás para candidatura do ex-presidente | Foto: Reprodução

A aliança entre o Democratas, comandado em Goiás pelo governador Ronaldo Caiado, e o MDB de Daniel Vilela pode atrapalhar o movimento do PT goiano que articula um palanque para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Aliados históricos nacionalmente e em Goiás, MDB e PT estarão em lados opostos na disputa pelo governo estadual em 2022. O ex-presidente, em entrevista à Rádio Sagres 730, avaliou que o pacto em nível local não interfere no arranjo entre as legendas em outros estados, mas vê com tristeza a aliança.

“O fato do MDB ter se aliado ao Caiado me deixa com uma certa tristeza. É uma ‘involução’. De qualquer forma, a aliança do MDB com o Caiado em Goiás não interfere nas alianças do PT em outros estados”, comentou Lula à rádio. 

O PT em Goiás, que articula a formação de uma chapa de oposição ao governador Caiado, busca no prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB), a figura de polarização para garantir um palanque forte ao ex-presidente. 

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O deputado estadual Antônio Gomide (PT) aponta que é cedo para definições e que a sigla articula com outras legendas em busca do palanque no estado. “Como fizemos em 2018, estamos dialogando e vários partidos têm interesse em apoiar o presidente”, diz.

Sobre Mendanha, Gomide diz ainda que o prefeito de Aparecida só teria chance de despontar caso se posicione e busque partidos de oposição ao governador. “O Gustavo só vai ter uma identidade política se ele tiver um lado na política. Não tem como ele compor com um grupo que apoia o Caiado. Se ele se posicionar com clareza, um programa para o estado ele vai ter chance de aglutinar”, aponta.

A decisão de antecipar o convite a Daniel Vilela para compor a chapa de Caiado é avaliada pelos progressistas como precipitada e que o emedebista pode enfrentar dificuldade de se manter na chapa até 2022. Isso acontece por que há, no governo de Goiás, 

Mendanha é alvo tanto do partido dos trabalhadores, quanto de siglas que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como PTB e PSL. O prefeito de Aparecida esteve em Brasília no mês passado para se reunir com membros da coordenação nacional do PTB em busca de viabilizar sua candidatura e com o comando petista em Goiás.

Sem o MDB, os partidos progressistas devem se aglutinar em torno de três principais legendas: PT, PSB e Psol. A esquerda avalia que é difícil uma composição com Gustavo Mendanha que busca legendas de centro-direita. 

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