Baixo quórum adia votação de possíveis melhorias do serviço

Uma das poucas ações tomadas na ocasião é que será requerido às empresas a apresentação da planilha de custo desde 2007 até o ano passado

Postado em: 13-06-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Uma das poucas ações tomadas na ocasião é que será requerido às empresas a apresentação da planilha de custo desde 2007 até o ano passado

Mardem Costa Jr. 

A  reunião da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (CDTC-RMG) realizada ontem (12) não votou os oito itens que estavam em pauta, entre eles o fim da tarifa única do ônibus na Grande Goiânia e a possibilidade dos municípios assumirem a gestão dos terminais de integração devido ao quórum baixo de titulares. 

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Uma das poucas ações tomadas na ocasião é que será requerido às empresas a apresentação da planilha de custo desde 2007 até o ano passado. De acordo com Clécio Alves (PMDB), autor do requerimento, será a oportunidade delas provarem a situação financeira que se encontram.

Dos 11 membros do colegiado, apenas cinco estavam presentes. Novamente, o prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), não compareceu à reunião, alegando compromissos assumidos anteriormente.

Por causa do esvaziamento, coube apenas aos presentes apresentar requerimentos  com providências a serem tomadas até o próximo encontro, previsto para julho ou agosto. Ao abrir o encontro, o presidente da CDTC e prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (PMDB), fez questão de ressaltar o caráter público e transparente da reunião, lembrando a iniciativa era a segunda apenas este ano. O gestor de Aparecida comentou sobre a visita que fez a Curitiba (PR), onde conheceu o sistema de transporte coletivo da cidade, um dos mais avançados do Brasil. Mendanha assevera ainda que espera que a Câmara Deliberativa possa apresentar resultados positivos até fevereiro do próximo ano, quando está prevista a discussão de um possível reajuste do preço do transporte coletivo. “Queremos avançar na discussão”, sublinha.

Embate

O ponto alto da reunião foi o embate entre Alves, representante da Câmara Municipal de Goiânia na CDTC. e o secretário Vilmar Rocha, titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Cidades, Infraestrutura e Assuntos Metropolitanos  de Goiás (Secima), Vilmar Rocha.   Ao discursar, Rocha ressaltou  a atitude do governador Marconi Perillo (PSDB) em arcar com a integralidade do Passe-Livre Estudantil , o que cobriu 5% dos 8% cobrados pelas concessionárias e evitou a majoração da tarifa para R$ 4. “O projeto deve ser apresentado nos próximos  dias à Assembleia Legislativa e deve ser votado pelos deputados até agosto”, frisa. 

Vimar Rocha também propôs a criação de um fundo de financiamento do transporte coletivo alimentado por recursos oriundos do Imposto sobre Veículos Automotores (IPVA) e de um tributo sobre os combustíveis semelhante à Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). “Não existe almoço grátis”, arremata.

Clécio rebateu o secretário, acusando o Governo de Goiás de ludibriar a população, negando que o Estado esteja arcando em dia com a parcela do Passe-Livre Estudantil e rememorou o Pacto pelo Transporte Coletivo, que previa ações estaduais em parceria com os 20 municípios em 2014, e que jamais foi cumprido, segundo ele. 

A resposta veio pelo Superintendente da Juventude, Leonardo Felipe, que ressalta que o governo goiano destina verba anual de R$ 39 milhões apenas com esta gratuidade. 

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