Moro condena ex-governador Sérgio Cabral a 14 anos e 2 meses de prisão

A sentença foi proferida pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro (12 vezes) em processo

Postado em: 13-06-2017 às 14h00
Por: Toni Nascimento
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A sentença foi proferida pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro (12 vezes) em processo

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral foi
condenado nesta terça-feira (13) a 14 anos e 2 meses de prisão pelo juiz Sérgio
Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba. A sentença foi proferida pelos crimes de
corrupção passiva e lavagem de dinheiro (12 vezes) em processo a que ele
responde no âmbito da Operação Lava Jato.

“O crime insere-se em um contexto mais amplo, revelado
nestes mesmos autos, da cobrança sistemática pelo ex-governador e seu grupo de
um percentual de propina incidente sobre toda obra pública no Estado do Rio de
Janeiro”, diz Moro na sentença. Além da pena de reclusão, cabral deve
pagar uma multa de cerca de R$ 528 mil.

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O juiz determinou, ainda, que Cabral terá de responder preso
caso decida recorrer da decisão em primeira instância. A progressão de regime,
segundo o despacho, só deve acontecer após a devolução das vantagens indevidas
recebidas.

“A responsabilidade de um Governador de Estado é enorme
e, por conseguinte, também a sua culpabilidade quando pratica crimes. Não pode
haver ofensa mais grave do que a daquele que trai o mandato e a sagrada
confiança que o povo nele deposita para obter ganho próprio”, escreveu
Moro na sentença.

Outros réus

Também foram condenados o então secretário do governo Cabral
Wilson Carlos Carvalho e o sócio do ex-governador Carlos Emanuel Miranda. Moro
absolveu a esposa de Cabral, Adriana Ancelmo, por falta de provas de autoria e
participação nos crimes. Mônica Carvalho, esposa de Wilson Carlos, foi
absolvida pela mesma razão.

Wilson Carlos foi sentenciado a 10 anos e 8 meses por
corrupção passiva e dois crimes de lavagem de dinheiro. Carlos Miranda, por sua
vez, foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de
dinheiro (quatro vezes).

Os ex-diretores da Andrade Gutierrez Clóvis Peixoto e
Rogério Nora também são réus nesta ação penal. No entanto, ambos firmaram
acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal (MPF) que, por
sua vez, pediu a suspensão do processo contra eles.

(Agência Brasil) 

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