“O PSDB terá candidato a governador em Goiás”, garante Perillo

Apesar da afirmação do líder tucano, internamente cogita-se uma possível composição da sigla com a chapa encabeçada por Gustavo Mendanha, tendo a figura da deputada estadual Lêda Borges na vice

Postado em: 02-10-2021 às 09h48
Por: Felipe Cardoso
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Apesar da afirmação do líder tucano, internamente cogita-se uma possível composição da sigla com a chapa encabeçada por Gustavo Mendanha, tendo a figura da deputada estadual Lêda Borges na vice. | Foto: Reprodução

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) reuniu, na manhã da última sexta-feira, 1, lideranças tucanas de todo o  estado para discutir as prévias do PSDB com foco nas eleições de 2022. No encontro, foi apresentado aos filiados o nome do senador Arthur Virgílio (PSDB/AM) que esteve em Goiânia para defender sua candidatura à presidente da República no ano que vem. 

No entanto, a reunião também foi oportuna para fomentar os projetos do partido voltados à disputa a nível estadual. Em meio às conversações que envolvem uma suposta composição da sigla com uma chapa encabeçada pelo prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (MDB) — tendo a deputada estadual Lêda Borges (PSDB) na vice –, Perillo surpreendeu ao afirmar que o partido terá candidatura própria no ano que vem.

“Nós, tucanos, temos orgulho do que fizemos aqui. Não há um canto de Goiás que não tenha recebido, no mínimo, 15 ações dos nossos governos. Nós podemos andar de cabeça erguida por todos os municípios do nosso estado. Estamos prontos para debater qualquer tipo de assunto, com qualquer pessoa. O PSDB terá candidato a governador em Goiás. Um partido que ganhou cinco eleições e fez o que fez não vai ficar em segundo plano, não vai ficar à reboque de ninguém”, disparou.

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A afirmação de Perillo não apenas acalorou os ânimos dos membros do partido, como também desencadeou uma série de comentários a respeito do desenho político mais provável para o ano de 2022. Para repercutir a afirmação do ex-governador, a reportagem do jornal O Hoje conversou com a deputada estadual Lêda Borges sobre o assunto. Cautelosa, a tucana demonstrou, porém, que nem tudo pode estar tão definido como colocado.

Questionada sobre a possibilidade de compor com Mendanha — que apesar do convite, tende a não se filiar ao PSDB — a parlamentar disparou: “Todas as articulações naturalmente passam pelo PSDB. O nosso partido tem de 20 a 25% dos votos em Goiás. As especulações a respeito dessa parceria são naturais, haja vista que a região que represento tem o segundo maior colégio eleitoral de Goiás, e a dele [Gustavo Mendanha] o primeiro”. 

A deputada também foi perguntada se aceitaria esse convite caso ele seja feito em um futuro não muito distante. “Estou à disposição do meu partido. Não consigo estar em uma política independente. Só cheguei a dois mandatos de deputada estadual e prefeita pela sustentação que tive. Esse grupo tem um peso em minha vida pública, não estou só. Temos um comando e seguiremos as orientações que nos forem dadas”, disse. 

Arthur Virgílio quer levar PSDB ao segundo turno

Durante sua passagem por Goiânia, o senador Arthur Virgílio, que já foi prefeito de Manaus por três vezes e agora pleiteia a disputa pela presidência da República, enfatizou que o PSDB não pode se dar ao luxo de se dividir em um momento tão delicado. 

“Se quisermos transformar esse partido, que já foi grandioso e hoje está pequeno, precisamos entender, com humildade, que quem está pequeno não tem o direito de ser vaidoso, não tem o direito de ser orgulhoso, prepotente, arrogante. Quem está ciente da sua situação de partido, deve buscar unir todas as forças”, disse o senador.

Por diversas vezes, o pré-candidato chamou a atenção em seu discurso para a necessidade de união em prol de um Brasil melhor. Questionado pelo jornal O Hoje sobre a possibilidade dessa aglutinação implicar, inclusive, em uma aliança com a esquerda em um eventual segundo turno onde o PSDB não esteja inserido, o senador se esquivou.

“Não posso ter um pensamento pessimista de imaginar o PSDB fora de um segundo turno. Discuto a possibilidade do PSDB dentro de um segundo turno disputando com qualquer dos dois [Lula ou Bolsonaro], com aquele que se apresentar com votos suficientes para nos enfrentar. Temos que construir a possibilidade de um PSDB que vá ao povo e se organize através do necessário carisma para conquistar apoio”, pontuou.

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