Em GO, Delegado Waldir quer tesouraria ou vice da União Brasil

Governador Ronaldo Caiado será o presidente estadual do novo partido que surge a partir da fusão entre DEM e PSL

Postado em: 07-10-2021 às 08h55
Por: Marcelo Mariano
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Governador Ronaldo Caiado será o presidente estadual do novo partido que surge a partir da fusão entre DEM e PSL | Foto: Reprodução

Após convenções separadas, DEM e PSL se reuniram em Brasília, na manhã de quarta-feira (6), para formalizar a fusão entre os dois partidos, criando a União Brasil, que terá o número 44.

“O Democratas e o PSL juntos têm aquilo que nós sabemos: espírito público, garra e coragem”, disse o governador Ronaldo Caiado em seu discurso durante o evento.

A nível nacional, a União Brasil será presidida pelo deputado federal Luciano Bivar, de Pernambuco. Pré-candidato a governador da Bahia, ACM Neto ocupará a secretaria-geral.

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Em Goiás, o comando do diretório estadual ficará a cargo de Caiado. Principal nome do PSL no estado, o deputado federal Delegado Waldir está em busca da vice-presidência ou da tesouraria.

“Ainda não está definido”, afirmou o parlamentar à reportagem do jornal O Hoje, “mas de fato estamos dialogando sobre vice e tesouraria”.

No caso do diretório metropolitano, o vereador Lucas Kitão surge como um dos nomes mais cotados para assumir o comando.

Maior partido

A União Brasil já nasce como o maior partido de Goiás, com mais prefeitos e as maiores bancadas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados.

Nacionalmente, também será grande, com 82 deputados federais, oito senadores e quatro governadores, além das maiores fatias dos fundos partidário e eleitoral.

A União Brasil deve ter direito a cerca de R$ 140 milhões do fundo partidário, distribuído mensalmente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Já o fundo eleitoral, disponível apenas em ano de eleições, será de aproximadamente R$ 320 milhões.

Se Delegado Waldir ficar com a tesouraria do novo partido em Goiás, isso significa que, na prática, ele ficará responsável pela gestão dos recursos financeiros do novo partido.

Debandada

Existe a possibilidade de uma debandada de insatisfeitos com a fusão, principalmente de parlamentares do PSL que devem acompanhar o presidente Jair Bolsonaro no partido ao qual ele se filiar.

Já são dadas como certas as saídas do deputado federal Vitor Hugo, fiel escudeiro de Bolsonaro em Goiás, e dos deputados estaduais Delegado Humberto Teófilo, Major Araújo e Paulo Trabalho, que têm resistências a Caiado.

“É normal que alguns saiam porque não tem como agradar todo mundo”, ressalta Delegado Waldir. “Mas outros nomes devem entrar. Já estamos conversando com mais de uma dezena de prefeitos e alguns deputados estaduais e federais.”

Questionado sobre quais seriam esses nomes, o parlamentar disse que, como não será presidente da União Brasil em Goiás, não pode revelar por uma questão de respeito à hierarquia.

Chapa

Delegado Waldir é pré-candidato a senador na chapa de Caiado em 2022. Há quem argumente que um mesmo partido dificilmente terá duas vagas na majoritária porque será preciso compor com outras forças políticas, como Progressistas e PSD, que também estão de olho na vaga para o Senado.

No entanto, Delegado Waldir tem uma posição diferente. “O governador quer que o seu candidato a senador vença as eleições. Então, o que vai definir essa vaga é o desempenho de cada um nas pesquisas. Não adianta ter aliança com muitos partidos se eles não tiverem votos.”

Terceira via

Como maior partido do Brasil, é natural que a União Brasil lance uma candidatura a presidente ou vice pela chamada terceira via, ou seja, aqueles contrários a Bolsonaro e ao ex-presidente Lula (PT).

Os principais cotados são o apresentador José Luiz Datena, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O nome de Sergio Moro, ex-juiz e ex-ministro da Justiça, também é discutido. (Especial para O Hoje)

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