Troca na Semad gera dança das cadeiras no 2º escalão do Paço Municipal
Fabiano Bissoto deixou a Secretaria de Administração de Goiânia após divergência com cúpula do Republicanos em Brasília
Por: Marcelo Mariano
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A exoneração de Fabiano Bissoto da Secretaria de Administração (Semad) da Prefeitura de Goiânia, em razão de divergência com o presidente do Republicanos em Brasília, Wanderley Tavares, mexeu na estrutura de três cargos de segundo escalão da gestão municipal.
No lugar de Bissoto, assumiu Carlos Eduardo Merlim. Ele já estava lotado na Semad como secretário-executivo, cargo que, na prática, funciona como o número dois na hierarquia.
Agora, a antiga função de Merlim está sob a responsabilidade de Rafael Meirelles, ex-secretário-executivo da Secretaria de Desenvolvimento e Economia Criativa (Sedec).
Para completar a dança das cadeiras no segundo escalão, o ex-vereador Tiãozinho Porto, anteriormente nomeado como secretário-executivo da Chefia de Gabinete do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), passou a ocupar o espaço deixado por Meirelles na Sedec.
Por enquanto, Bissoto está sem cargo, mas a tendência é que ele vá para a vaga aberta na Chefia de Gabinete após a saída de Tiãozinho. Especula-se também que o ex-titular da Semad possa ser candidato a uma cadeira na Assembleia Legislativa. Ele é ligado ao deputado estadual Jeferson Rodrigues (Republicanos), pré-candidato a deputado federal.
Sedec
Um série de reportagens do jornal O Hoje revelou suspeitas de funcionários fantasmas e rachadinha no gabinete 18 da Câmara Municipal, atualmente ocupado por Célio Silva (PTC), mas, na prática, controlado por Paulo Henrique da Farmácia (PTC), vereador licenciado desde abril, quando assumiu o comando da Sedec.
Desde as revelações, os trabalhos da secretaria, segundo funcionários, estão praticamente paralisados diante da iminente queda de Paulo Henrique. Quem garantia algum funcionamento era justamente Meirelles, que, embora tenha ligações políticas, é funcionário de carreira da Prefeitura de Goiânia e, por isso, possui um perfil mais técnico.
Meirelles é filho do ex-deputado estadual Olinto Meirelles e irmão do deputado estadual Cláudio Meirelles (PTC) e do presidente do Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Goiânia (GoiâniaPrev), Fernando Meirelles.
Com a sua saída da Sedec, funcionários da secretaria demonstraram resistência a Tiãozinho, de perfil mais político. Eles argumentam que o ex-vereador está focado em voltar à Câmara Municipal em 2024.
Há quem acredite que a troca do secretário-executivo da Sedec seja um indicativo de que, quando Paulo Henrique cair, Tiãozinho possa assumir o comando da secretaria.
Primeiro escalão
No início da semana, também houve trocas no primeiro escalão da Prefeitura, mais especificamente na Controladoria-Geral do Município (CGM) e no Programa de Defesa do Consumidor (Procon).
O ex-vereador Gustavo Cruvinel trocou o Procon pela CGM. Aline do Espírito Santo, que acumulava o comando da Controladoria, voltou a ser somente a secretária-executiva do órgão.
O Procon, por sua vez, agora é chefiado por Carolina Alves, ex-superintendente de Planejamento Urbano e Gestão Sustentável da Secretaria de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) e irmã do vereador Henrique Alves (MDB).
Reforma
Devido às eleições de 2022, os secretários que quiserem se candidatar deverão deixar seus cargos até abril do ano que vem, mas há uma expectativa de que a reforma do secretariado ocorra antes, em janeiro ou fevereiro.
Alguns secretários que podem fazer parte da reforma, além de Paulo Henrique, cuja saída da Sedec é dada como certa, são Álvaro da Universo (Esportes), Dra. Cristina (Direitos Humanos), Tatiana Lemos (Mulheres), Valdery Júnior (Turismo), Valéria Pettersen (Relações Institucionais), Wellington Bessa (Educação), Zander Fábio (Cultura) e Zé Antônio (Desenvolvimento Humano). (Especial para O Hoje)