Aécio Neves retorna ao senado e discursa reafirmando que é inocente

Boa parte do discurso de Aécio foi marcado por defesa, lembranças de sua trajetória política e de reformas promovidas dentro do governo Temer que contaram com o seu auxílio

Postado em: 04-07-2017 às 18h00
Por: Guilherme Araújo
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Boa parte do discurso de Aécio foi marcado por defesa, lembranças de sua trajetória política e de reformas promovidas dentro do governo Temer que contaram com o seu auxílio

O senador Aécio Neves, afastado de
suas atividades políticas há 45 dias após uma série de escândalos de corrupção
envolvendo seu nome, retornou ao Senado Federal na tarde desta terça-feira
(04). Ele chegou após participar de um almoço com parlamentares tucanos e
depois de se reunir no gabinete do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), quem
presidiu o partido no período em que esteve licenciado de suas funções.

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Aécio não quis responder às perguntas
de jornalistas que aguardavam sua chegada. Em pronunciamento feito no fim da
tarde, o senador voltou a utilizar os argumentos de defesa que já vinha
divulgando em notas públicas, declarando ser “inocente” e “vítima de uma
armadilha de Batista com o intuito de obter vantagens em um suposto acordo de
delação premiada”.

“Não me furtarei de reiterar aqui
aquilo que venho afirmando ao longo das últimas semanas. Não cometi crime
algum, não aceitei recursos de origem ilícita, não ofereci vantagens indevidas
a quem quer que seja”, afirmou.

Aécio disse ainda que voltou não
enriqueceu com a política e justificou o dinheiro que pediu emprestado a
Joesley Batista dizendo que não possuía recursos para arcar com os gastos de
sua defesa em inquéritos da Operação Lava Jato. Além disso, o ex-governador do
Estado de Minas Gerais declarou que de fato fez um empréstimo de R$ 2 milhões
que em um segundo momento, seria registrado em contrato.

O discurso de Aécio foi
marcado majoritariamente por lembranças de sua trajetória política e de reformas promovidas
dentro do governo Temer que contaram com o seu auxílio. 
“Quero aqui reafirmar meu compromisso
e minha crença na necessidade de continuarmos avançando em uma ousada agenda de
reformas que foi, aliás, a razão do apoio do PSDB ao governo do presidente
Michel Temer”, disse.

Quanto ao diálogo que travou com o
empresário Joesley Batista, em que manifestou apoio à aprovação do projeto de
lei que aborda o abuso de autoridade e a criminalização do Caixa 2, Aécio disse
que “apenas expressou sua opinião”. 

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