Segunda-feira, 22 de julho de 2024

Iris intervém e votação da LDO fica para amanhã

Prefeito pede adiamento da apreciação da matéria para negociar percentual de remanejamento do orçamento com os vereadores

Postado em: 05-07-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Prefeito pede adiamento da apreciação da matéria para negociar percentual de remanejamento do orçamento com os vereadores

Mardem Costa Jr.

A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de Goiânia que ocorreria na noite da última segunda-feira (3) ficou para amanhã (6), após os vereadores da Comissão Mista da Câmara acatarem pedido de adiamento da sessão que votaria a matéria a pedido do prefeito Iris Rezende (PMDB) por unanimidade.

Iris solicitou o retardamento por meio do ex-vereador e ex-deputado Samuel Belchior (PMDB), auxiliar do peemedebista na primeira gestão de Rezende nos anos 2000, por conta da  possibilidade dos vereadores votarem a favor da proposta do relator da LDO na comissão, Gustavo Cruvinel (PV),  de reduzir o percentual  de remanejamento do orçamento municipal de 30% – como pedido pela administração irista – para 5%. 

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O Paço alega que a proposta engessaria a gestão municipal, o que é rechaçado por Cruvinel.  “O índice de 5% equivale a R$ 250 milhões, o que é suficiente”, diz

O presidente da Comissão Mista, Lucas Kitão (PSL), confirmou a O HOJE a votação nesta quinta-feira e em seguida no plenário da Câmara. Para Kitão, o índice de 30%  pedido pelo Paço está acima daquilo considerado razoável. 

O social liberal também refuta o argumento da Prefeitura de engessamento com a aprovação de um percentual abaixo do previsto na proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias. “Acredito que um índice entre 5 a 15% [de remanejamento orçamentário]  é razoável para as demandas da cidade, sem prejuízo à administração municipal”, frisa.

O projeto da LDO está sob vista do vereador Zander Fábio (PEN), que pediu na última reunião do dia 29 de junho. Ao mesmo tempo, Clécio Alves (PMDB) propôs uma emenda fixando o limite em 28%. Zander pediu ao colega para que apresente a sua proposta como voto em separado, de modo a não atrasar a tramitação, já que, regimentalmente, a Câmara só pode entrar em recesso após a aprovação da lei.

Articulação

Embora a articulação com a Câmara seja de responsabilidade do secretário de Governo, Samuel Almeida, nos bastidores os vereadores tecem fortes críticas ao titular da Segov, ex-presidente da Assembleia Legislativa. Eles também reclamam a falta de um líder do prefeito na Casa. Em entrevistas recentes, Iris Rezende sinalizou que a escolha pode acontecer em agosto.

Parlamentares ouvidos por O HOJE nos últimos dias reconhecem que o relacionamento do prefeito com o Legislativo precisa melhorar.

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